Cerca de 150
trabalhadores que atuavam no regime de escravidão na Siderúrgica do Pará
(Sidepar), em Goianésia, sudeste do Estado, foram resgatados pelo Grupo
Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Análogo ao de
Escravo. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os
trabalhadores foram encontrados em atividade de carvoejamento e como
cozinheiros em completa informalidade, submetidos a condições de vida e
trabalho degradantes. Embora as siderúrgicas sejam as destinatárias
finais da produção dessas carvoarias, elas não assumem que recebem o
carvão produzido de maneira irregular e negam de forma veemente que a
atividade desses trabalhadores estejam ligadas à sua produção, de acordo
com o Grupo de Fiscalização.
Além das péssimas
condições de trabalho, os trabalhadores pernoitavam em construções
precárias, que não atendem as mínimas condições de habitabilidade.
Depois da operação, segundo o MTE, os trabalhadores foram retirados. Os
auditores fiscais fiscais investigam a ligação dos operários com a
Sidapar, o que é importante para que sejam feitos os cálculos de
rescisões. Foram emitidas 138 guias de seguro-desemprego e 28 Carteiras
de Trabalho e Previdência Social aos trabalhadores resgatados. Estudo
divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) observa que o
Pará é o Estado onde se concentra o maior percentual de trabalhadores
em condições de trabalho análogas à escravidão.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
MTE tira trabalhadores da condição de escravos
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