Desenvolver a economia local e gerar emprego e renda no campo são os desafios do Programa de Agricultura Familiar desenvolvido pela Vale, por meio da Biopalma, em nove municípios do nordeste paraense. O programa, que atualmente beneficia 288 famílias de agricultores, tem como objetivo envolver, até 2013, duas mil famílias com o plantio de dendê. Até o final do ano, a Biopalma concluirá a parceria com mais de 500 famílias.
Os investimentos para o plantio de dendê já representam mais de R$ 23 milhões em financiamentos firmados através do programa do governo federal, o Pronaf-Eco Dendê, e como complemento, a Vale, por meio da Biopalma, investe mais de R$ 5 milhões por ano em programas de desenvolvimento socioeconômico, como os de diversificação da produção, comercialização e plano de negócios. Tais investimentos contribuem para o fortalecimento da economia no campo e com o aumento da renda mensal das famílias.
"A renda das famílias da região, que hoje está em torno de R$ 500 mensais, poderá crescer em até 300%, ficando em média entre R$ 1,5 mil a R$ 2 mil líquidos, a partir do quinto ano de colheita quando atingir o pico de produção, e isso apenas com a produção de dendê", explica o diretor de Sustentabilidade da Biopalma, João Menezes.
A parceria com os agricultores oferece a eles a garantia de venda de toda a sua produção para a Biopalma, sem a necessidade de atravessadores para o seu escoamento. As famílias atendidas pelo programa disponibilizam 10 hectares de suas terras para o plantio de palma. Em contrapartida, recebem da Biopalma suporte técnico gratuito para o desenvolvimento da produção agrícola e a segurança de compra dos frutos durante os próximos 30 anos de produção.
Desde agosto, a usina extratora de óleo de palma, localizada em Moju, começou a receber os frutos de dendê coletados pelos primeiros 24 agricultores que ingressaram no Programa de Agricultura Familiar em 2010. Até então, a usina, inaugurada em junho passado, era abastecida apenas pelos frutos colhidos pela Biopalma.
O gerente de Agricultura Familiar da Biopalma, Eduardo Leão, explica que a colheita do dendê ocorre de forma gradual. "No primeiro ano, os agricultores devem colher em torno de 40 toneladas/ano de cachos de fruto fresco, porém, no seu quinto ano de produção, eles vão produzir 250 toneladas/ano".
A Biopalma também faz um acompanhamento junto às famílias para ajudá-las na obtenção de financiamento bancário. Os agricultores são financiados com linhas de crédito do Pronaf-Eco Dendê, por meio do Banco da Amazônia, para a aquisição de mudas, manutenção da plantação e necessidades de subsistência nos três primeiros anos do plantio até o início da colheita.
No próximo ano, os agricultores também poderão adquirir financiamento no Banco do Brasil. A Vale está negociando junto ao banco linhas de crédito para os agricultores que queiram plantar dendê.
Biodiesel - O plantio de palma, mais conhecido no Brasil como dendê, é uma das apostas da Vale para suprir a demanda de biodiesel com a utilização de B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) na frota de locomotivas, máquinas e equipamentos da empresa no Brasil. Por isso, em 2011, a Vale adquiriu o controle de 70% da Biopalma, uma das maiores empresas de plantio de palma do país, localizada em sete municípios do nordeste do Pará - Moju, Acará, Tomé-Açu, Concórdia do Pará, Abaetetuba, Bujaru e São Domingos do Capim.
A Biopalma será responsável pela produção de 540 mil toneladas de óleo de palma em 2019, quando a lavoura atingir sua maturidade. Deste total, 70% (380 mil ton), referente à parte da Vale no negócio, serão transformados em biodiesel.
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