segunda-feira, 9 de abril de 2012

Golpe de 64 sustentou carreira militar de Curió


Golpe de 64 sustentou carreira militar de Curió (Foto: )
O currículo impõe respeito. Ex-agente do Serviço Nacional de Informação (SNI), ex-membro do Conselho de Segurança Nacional (CSN), braço direito do ex-presidente da República João Batista Figueiredo, homem de confiança do general Newton Cruz, primeiro chefe do garimpo de Serra Pelada, ex-deputado federal pelo PDS, partido de apoio ao regime militar, coronel da reserva, ex-prefeito de Curionópolis, município cujo nome lhe homenageia, Sebastião Rodrigues de Moura ainda é, mesmo assim, um mistério a ser decifrado.
Entre militares que compartilham dos ideais do golpe militar de 64 e antigos garimpeiros de Serra Pelada, Curió é um mito, um nome a ser lembrado com honras. Para militantes de movimentos sociais e remanescentes oposicionistas da ditadura militar, um criminoso no mesmo nível de oficiais nazistas. A tentativa de levá-lo a Justiça, feita recentemente pelo Ministério Público Federal, dividiu opiniões. Colunistas como Reinaldo Azevedo e editorialistas de grandes jornais, principalmente os que argumentam em favor da tese da ‘ditabranda’, classificam de oportunismo demagógico a iniciativa dos procuradores da República. Entidades ligadas a direitos humanos acreditam que, ao contrário, é uma forma de reparar injustiças históricas.

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