O promotor de justiça em Marabá, Ramon Furtado, passou pelo menos quatro horas, na tarde de quinta-feira (19), vasculhando as secretarias de Obras e de Finanças do município, acompanhado de uma equipe de investigadores da Polícia Civil, coordenados pelo delegado Francisco Bismarck Borges.
O alvo seria localizar e identificar um provável contrato milionário entre a prefeitura e o empresário Marcelo Fronzak, dono da M. M. Fronzak, empresa que atua na extração de piçarra, que teria sido feito de forma fraudulenta.
O promotor informou que não poderia dar detalhes da operação, pois o caso tramita em segredo de Justiça e a investigação estava apenas começando. Por conta dessa negativa, surgiram vários comentários. Um deles dava conta que o secretário de Finanças, Pedro Freitas, estaria sendo preso. Mas foi o próprio secretário quem atendeu o promotor e os policiais.
A reportagem, contudo, apurou por meio de fonte segura que o mandado de busca e apreensão teve como foco localizar um contrato milionário celebrado entre a prefeitura e o empresário. Fala-se em pelo menos R$ 20 milhões, envolvidos na compra de piçarra para pavimentação básica de ruas (piçarramento) em Marabá. O material, porém, não teria sido fornecido em sua totalidade.
Esse contrato teria sido celebrado em outubro do ano passado e o empresário já teria recebido pelo menos R$ 7 milhões nos últimos seis meses, mesmo sem fornecer o produto. Estes valores estão apontados em diversas notas fiscais, que foram apreendidas e posteriormente devem ser periciadas.
EMPRESÁRIO NEGA
O empresário Marcelo Fronzak negou que tivesse celebrado contrato com a prefeitura. Ele explicou que a empresa dele ganhou uma licitação estimada em cerca de R$ 20 milhões para fornecimento de material básico.
Segundo Fronzak, pela licitação, o fornecimento é feito de forma escalonada. Ele diz que até o momento não recebeu os pagamentos pelo material fornecido, pelo qual emitiu notas fiscais.
Contou ainda que continua fazendo o fornecimento e estima que tem disponíveis pelo menos 20 milhões de metros cúbicos de material, mas não informou a quantidade exata do material fornecido à prefeitura até agora.
Segundo o empresário, existe até uma audiência marcada com o prefeito de Marabá, Maurino Magalhães, onde pretende colocar a situação de inadimplência.
Fronzak diz que não foi procurado pelo promotor para prestar esclarecimentos e que o fará quando for convidado ou intimado. “Não tenho nada a esconder”.
Procurada pelo DIÁRIO, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura não se pronunciou sobre o assunto. O chefe de Gabinete da Prefeitura, Dacivan Ramos, também declarou que ainda não tinha informações sobre o caso.
Servidores de Marabá em greve no dia 1º
Os servidores da Prefeitura de Marabá entram em greve no próximo dia 1º. A decisão foi tomada quinta-feira (19), durante plenária que ocorreu em frente à sede da prefeitura, na Praça Osório Pinheiro.
O objetivo do protesto era forçar uma audiência com o prefeito Maurino Magalhães para debater diversas reivindicações da categoria, mas o gestor não recebeu os trabalhadores.
O carro-chefe das reclamações é o atraso no pagamento do vale-alimentação (de R$ 155), que já entrou no terceiro mês. Mas existem outras reivindicações. Entre elas, estão o vale-transporte (também em atraso), reajuste salarial, reajuste do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e construção do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores e reclamação pela ausência do prefeito na mesa de negociação, o que inviabilizaria as deliberações.
Além disso, a prefeitura é acusada de não pagar três parcelas (de R$22 cada) referentes ao vale-alimentação de 2011.
O protesto foi encabeçado pelos três sindicatos que representam os servidores da prefeitura: o Sintepp (da Educação), o Sintesp (da Saúde) e o Servimmar (que representa os trabalhadores das outras secretarias).
Durante esses dias que precedem a paralisação, o comando de greve promete uma série de visitas a órgãos municipais para conscientizar os servidores sobre o movimento.
Índios entram em conflito por verbas
terça-feira (19), Dia do Índio, deveria ser de festa nas tribos de todo o país, ou de reivindicação às autoridades em relação ao cuidado com os indígenas. Mas o dia foi de conflitos entre os próprios índios em Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Estado. O pior: eram todos da mesma tribo.
Ao contrário do que ocorria antes, quando as disputas internas eram pela honra de liderar uma tribo, a briga agora é por dinheiro. Logo nas primeiras horas da manhã, indígenas do povo Gavião Kykatêjê que habitam na aldeia Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, fecharam a entrada da aldeia. A tribo, que tem 333 índios adultos, está dividida ao meio entre os que apoiam a atual administração e os que são contra.
Desde 2001 a mineradora Vale, a título de compensação por usar parte da aldeia com a Estrada de Ferro Carajás, repassa altos valores para a associação dos índios Gavião. São R$ 280 mil por mês para alimentação e despesas de saúde e mais R$ 119 mil, também mensais, para custear um projeto agrícola. Além disso, a Vale repassa outros R$ 10 mil mensais para serem depositados numa poupança. O montante hoje já chegaria perto de R$ 1,4 milhão.
Mas metade da aldeia está insatisfeita com a forma como o recurso vem sendo administrado e teria destituído, em assembleia geral, a atual diretoria, que já está no poder há mais de 10 anos, contrariando o estatuto da entidade.
Estranhamente, a nova ata com a mudança na diretoria não foi encaminhada pela Funai para a Caixa Econômica Federal, que detém o recurso. Na ata, foi substituído apenas o nome do tesoureiro, segundo informou o advogado Haroldo Silva Júnior, presidente da subseção da OAB, que acompanha o caso.
Com isso, a parte que se sentiu prejudicada resolveu radicalizar e fechar a entrada da aldeia quinta-feira (19) durante todo o dia. O clima era tenso no local e, até o final da tarde, ainda não havia consenso.
Eles querem pelo menos um acordo com a atual diretoria, que se nega a fazê-lo. Já houve duas reuniões no Ministério Público Federal (MPF) e nada foi resolvido. O advogado Haroldo Júnior teme que a situação fique ainda pior e culpa a Funai pelo que está acontecendo. Já o administrador da Funai na área, Carlos Borromeu, não estava em Marabá para falar sobre o assunto. Ele viajou em missão
Mesmo extremamente defensivo, Remo levou 4 gols
Assim como aconteceu no primeiro tempo da partida de ida, em Belém, o Bahia também dominou os 45 minutos iniciais do confronto da volta. Os donos da casa criaram mais jogadas, finalizaram mais vezes, envolveram o meio campo adversário, que foi salvo pelo goleiro Adriano, responsável por praticar boas defesas.
Porém, apesar da pressão do Tricolor da Boa Terra, foi do Remo a melhor oportunidade de gol no primeiro tempo. Aos 12 minutos, Reis recebeu lançamento de Thiago Cametá, ficou sozinho, frente a frente com o goleiro Marcelo Lomba, mas chutou muito mal, na direção do arqueiro, que não teve muita dificuldade alguma para segurar a bola.
Na etapa final, o Bahia seguiu mais presente no campo de ataque, enquanto o Leão continuou preso na defesa, com a estratégia de explorar os contra-ataques, plano que não funcionou. Depois de tanto insistir, o time da casa marcou o primeiro gol. Em jogada rápida, pela direita, Madson cruzou para Lulinha chutar rasteiro e abrir o placar, aos 13 minutos. Já aos 28 os baianos ampliaram com Rafael Donato, de cabeça.
A porteira se abriu dois minutos depois. Em outra cobrança de escanteio, Júnior subiu mais alto que a zaga e cabeceou para o fundo das redes. Com o Remo totalmente perdido, desorganizado e desestruturado em campo, aos 34, Diego Barros falhou, Vander driblou Adriano e encerrou a goleada.
Demorou a cair. E quando caiu...
Sob o comando do técnico Flávio Lopes, o Remo completou 13 disputas com o jogo de quinta-feira (19). Foram seis vitórias, seis empates e uma derrota, justamente a goleada sofrida para o Bahia por 4 a 0. Nas disputas anteriores, antes do confronto com os baianos, além de ter mantido a invencibilidade, o Leão havia sofrido dois gols em uma mesma partida apenas uma vez, no clássico contra a Tuna.
Diante dos baianos, a atuação dos remistas foi desastrosa. Com três volantes e um meia atuando próximo ao ataque, o Remo foi facilmente dominado pelo adversário, porque não tinha criação. “Não conseguimos converter as oportunidades criadas em gol”, lamentou o volante Jhonnatan, na tentativa de explicar o placar adverso.
“Infelizmente, o que fizemos no primeiro tempo não conseguimos repetir no segundo. A bola parada deles é muito forte, eles jogaram com toda força. A gente parou um pouquinho de marcar na frente, como a gente vinha fazendo. Quem marca, vence”, completa o meio campista Magnum.
Apesar do esquema montado para se defender, o técnico Flávio Lopes diz que a intenção dos azulinos era marcar pelo menos um gol na etapa inicial. Contudo, na prática, o Remo claramente mostrou que o plano da equipe era explorar as jogadas de contra ataque. “Eu não poderia forçar desde o início, porque se fizesse isso, o time não aguentaria. Infelizmente perdemos a marcação individual, falhamos nos dois gols de escanteio e depois virou goleada”, argumenta o treinador. (Diário do Pará)
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