O
juiz federal do Trabalho santareno Jônatas Andrade, que atua na Comarca de
Marabá, vai receber no próximo dia 17 o Prêmio Direitos Humanos 2012, na
categoria Erradicação do Trabalho Escravo, concedido anualmente pela Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República.Como titular da Vara do
Trabalho em Parauapebas – onde se tornou Cidadão Parauapebense -, o magistrado
se destacou no julgamento de ações em favor dos trabalhadores na mina de
Carajás, em uma das quais condenou a Vale a mais de R$100 milhões pelo não pagamento
das horas in itíneres (tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e retorno).Titular da 2ª Vara do Trabalho de Marabá, ele foca no
combate ao trabalho escravo, nas regiões do sul e sudeste do Pará e sul do
Maranhão. É de sua iniciativa a criação do GAETE (Grupo Interinstitucional de
Erradicação do Trabalho Escravo), que envolve Justiça do Trabalho, MPT,
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, PF, MPF, Comissão Pastoral da
Terra, Repórter Brasil e outras entidades. Com os recursos oriundos das
condenações de fazendeiros escravocratas foi criado um fundo que apoia
iniciativas como os projetos “Escravo Nem Pensar”, gestado pela Ong Repórter
Brasil, e “Monitoramento de Lideranças Ameaçadas de Morte na Região”,
coordenado pela CPT da diocese de Marabá.
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