Desde a sua implantação até o momento os telefones do sistema tocaram mais de 6 mil em Marabá. Do outro lado da linha, pessoas de todo o município tentando dar um ponto final em atos que consideram ilegais. Na Central de Atendimento, profissionais de telemarketing, permanentemente treinados, entrevistam os denunciantes e trabalham 24 horas para que as denúncias cheguem até os órgãos competentes e possam dessa maneira ser resolvidas.
Denúncias sobre tráfico de drogas, barulho, maus tratos, roubo e homicídio são alguns dos mais de 161 tipos de irregularidades que a Central do Disque Denúncia recebe todos os dias. Ao longo do primeiro ano, abusos contra crianças, adolescentes e mulheres foram interrompidos, traficantes foram presos, presidiários foram recapturados e assaltos deixaram de acontecer. Uma prova de que o serviço adquiriu a confiança da sociedade e está dando certo.
Além do funcionamento 24 horas e a garantia do anonimato, a população de Marabá conta também com o Programa Desaparecidos e Procurados, que têm sido muitas vezes o diferencial para a solução de casos no município.
O Programa Procurados divulga através dos meios de comunicação, fotos dos principais criminosos foragidos do Estado. A campanha estimula a população, através da confecção de cartazes e de filmes publicitários, a reconhecer e a denunciar o paradeiro desses criminosos. Recompensas são oferecidas por informações que levem à prisão e os recursos necessários para o pagamento dessas recompensas ficam a critério do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime.
Balanço- os bairros mais denunciados nos últimos doze meses em Marabá são Belo Horizonte, Cidade Nova e Laranjeiras. Entre as maiores denúncias estão tráfico de drogas, barulho e violência contra a mulher.
Os números desse primeiro ano de funcionamento são os seguintes:
- mais de 15 armas de fogo apreendidas
- 1 aquilo de cocaína
- 509 pedras de crack
- 502 gramas de crack
- 700 gramas de maconha
- 150 pedras de oxi
- 93 pessoas presas
- 6 veículos apreendidos
- R$ 5.495 recuperados
Histórico - o Disque Denúncia faz parte de um modelo já adotado em 18 países e adaptado do Canadá, o Crime Stopper - uma entidade que agrega polícia, meios de comunicação e sociedade civil em uma imensa rede de informações que podem ser usadas para prevenir crimes. No Brasil, o primeiro estado a implantar o serviço foi o Rio de Janeiro, em 1995, quando este vivia uma onda de seqüestros. Os resultados apresentados foram tão positivos que assim que os seqüestros foram controlados, o serviço se consolidou como uma excelente ferramenta da sociedade para o combate ao crime.
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