Reunião
realizada na sexta-feira (16) na aldeia indígena Sororó localizada a 100 km de
Marabá, sul do Pará, oficializou a instalação da Comissão da Verdade Suruí.esse
é o primeiro registro oficial do
sofrimento e dos impactos da ditadura brasileira na vida de uma comunidade
indígena no país.a comissão da verdade de Marabá será instalada no aniversario da cidade em 5 de abril de 2013durante as
comemorações do centenário
.O anúncio foi feito pelo prefeito eleito,deputado
João Salame.Ele afirma que essa é uma pagina da historia do Brasil que não está completamente escrita ,existe uma
versão muito oficial sobre estes fatos.Na realidade você pode não
concordar com os jovens que vieram para
guerrilha,terem pego em armas para derrotar o governo que estava instaurado no
Brasil naquela época.Mais ninguém pode negar que eram brasileiros patriotas ,que
queriam o fim da ditadura, liberdade e democracia ,esse jovens deram suas vidas
por essa causa, e lutaram por belos ideias.Não é justo que essas pessoas tenham
sido assinadas em confronto trocando
tiros uns com os outros,ainda dar pra se entender, mais não é justo que alguns tenham sido
presos,torturados e assassinados de maneira indefesa. Esse tipo de coisa a
democracia não pode aceitar.Salame ressalta que é preciso que se analise a
comissão formada pela presidente Dilma, que serve para isso, identifique quem
cometeu esses crimes bárbaros, no entendimento do parlamentar a democracia não
pode conviver com essas coisas, independente da anistia.Ele relembra
que Marabá foi muito afetada por
causa da guerrilha,e por muitos anos ficou
sem o direito de eleger o prefeito,que era nomeado,por pessoas que povo
nem conhecia,para administrar a cidade indicado
pelo governo militar. Isso dificultou o desenvolvimento da cidade e a
consolidação da democracia,pessoas foram presas e torturadas, e muitos
projetos foram implantados sem a
participação da sociedade.Salame vai mais longe ao afirmar que isso fazia parte
de um modelo, de uma visão de mundo, que precisamos agora com CNV identificar,e impedir que esse
tipo de coisa volte a acontecer.Salame diz que já se manifestou varias vezes
sobre o assunto.”Nada contra os
militares , hoje as forças armadas está extremamente profissional , muitos democratas, a
maioria entende importância da democracia.”N a condição
de prefeito,no dia 5 quando cidade completará cem anos, afirma que vai convidar os membros da CNV para instituir a comissão da verdade marabaense,que vai analisar
o que aconteceu naquele período,e ver se tem sequelas a serem reparadas.
Em entrevista a Zeca News o presidente da Associação dos Torturados da Guerrilha
do Araguaia, Sezostrys alves da Costa disse que ao desembarcar
em Marabá na ultima sexta feira a cvn foi diretamente
para reserva Suruís Sororó,onde foi realizada a primeira audiência
com os indígenas,e instalada a Comissão da Verdade Surui,composta por quatro
índios da reserva que vão fazer o registro de todos os depoimentos e da memória
dos Índios suruís durante a Guerrilha do Araguaia.eles terão um ano para
pesquisar e documentar todas informações que será a apresentado no relatório
geral que será fechado em 2014 pela Comissão Nacional.Em Marabá foi
instituída a Comissão Camponesa composta por 7 camponeses da região que vão
fazer o registro, da memória camponesa para subsidiar a cvn.

Relatos da nação
indígena apontam que eles sofreram torturas e foram obrigados a colaborar com Exército
brasileiro durante a repressão à Guerrilha do Araguaia
.
O encontro – que teve a presença da representante da Comissão Nacional da Verdade, a psicanalista Maria Rita Khel – abordou questões relativas ao processo de registro das histórias do povo Suruí. a Comissão da verdade e nomeada pela presidente Dilma tem o papel de fazer com que o estado, em nome governo brasileiro assuma as responsabilidade pelos crimes cometidos durante ditadura no regime militar sobre o trabalho da comissão em marabá Maria Rita Kehl diz,a guerrilha, não só foi reprimida com brutal violação dos direitos humanos, com desaparecimento de todos guerrelheiros, nenhum corpo foi encontrado ,a não ser pelos familiares, segunda ela nenhum foi entregue a família ,alem das torturas e assassinatos .muitos deles foram mortos já presos,ou seja,fora de combate,executados,e torturados. Sobre tudo os camponeses Porque colaboravam com,os guerrelheiros, trabalhavam, na função de mateiros orientando eles na mata, comercializam,produtos, arroz farinha, realizavam transporte de barco pelos rios, por isso foram torturados, uma vez que eram considerados perigosos pelo regime militar, Maria Rita disse que tem muito material para relatório cvn,relatos de violação no campo, do Brasil inteiro.Na câmara de Marabá psicanalista Maria Rita Khel – disse que, o importante não foi os as historias que os indígenas contaram em durante a audiência que foram parados nas estradas pelos militares e levaram susto. O importante o que disseram na aldeia a CNV,sobre a perda de uma grande quantidade de terras ,e a situação de pobreza que ficaram depois da guerrilha,os camponeses também perderam terras
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