terça-feira, 20 de novembro de 2012

Postos programam reajustes de combustíveis


É possível que hoje o consumidor já note uma diferença no preço do combustível. De fato, o reajuste foi autorizado desde o último dia 16 a partir de uma alteração do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) realizado pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), mas os postos devem mudar os preços nas bombas já na próxima compra. A maior diferença deve ser sentida no valor do diesel.
A gasolina deve ficar de R$0,01 a R$ 0,015 centavos mais caro; enquanto o diesel, de R$0,035 a R$ 0,04 centavos. O etanol deve, ao contrário baixar, de R$0,035 a R$ 0,04 centavos. “Mas algumas distribuidoras já avisaram que não vão descer o preço do álcool, já que ele está no período de entressafra. O álcool é um produto agrícola e está sujeito a sazonalidade. Mas o aumento que esse fator deve causar será consumido pelo PMPF que baixou”, explica o vice-presidente do Sindicombustíveis (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Pará), Mário Melo.
A gasolina que está sendo comercializada, em média, a R$2,815 deve chegar a R$2,852. O etanol cai de R$ 2,482 para R$2,344. O diesel sai de R$2,080 para R$2,265. “A nossa preocupação é com o Diesel, que é o aumento maior porque acumulou com o aumento do mês de outubro. Nós não somos produtores de alimentos, importamos a grande maioria que chega por via rodoviária. Com o diesel mais caro, o frete deve subir e, consequentemente, as mercadorias (também)”, avalia.

ICMS
O reajuste muda a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS) dos combustíveis. No Pará, 28% do preço da gasolina é recolhido para o ICMS. Com o aumento, o valor é de R$0,7986. Para o diesel, são 17%, que significa com o novo preço R$0,3851. Já do etanol, o recolhimento é de 26%, que vale agora R$0,6094.
O sindicato não prevê uma queda no valor, mas faz uma análise. “Nos últimos dois anos o consumo de gasolina no Brasil cresceu 52% e a Petrobrás alega que o preço aqui está abaixo do mercado internacional. Ela perdeu um pouco da lucratividade. A gente acredita que o Governo não segura um aumento por muito tempo”, afirma.

CONSUMIDOR RECLAMA
Para a população o aumento não é bem vindo. “Quando o combustível aumenta, tudo aumenta, a gente não está tão preparado para isso”, diz o eletrotécnico Benedito Rodrigues. “Fazer o quê? A gente precisa. Ainda bem que eu ando de moto e ainda é mais econômico”, conta o feirante Domingos Júnior. “A gente já paga tanto imposto, a gasolina já é cara e ainda tem aumento”, reclama o administrador Luís Júnior. Antônio Carlos Lima, gerente de pista de um posto de gasolina, ainda não percebeu a alteração. “Hoje [ontem] mesmo chegaram 20 mil litros, mas ainda foi o mesmo preço da semana passada. Quando alterar, a mudança é imediata. Trocou o turno a gente muda o valor nas placas e nas bombas”, relata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O QUE ACHOU DO BLOG