Mais 2 cidades incluídas na ‘lista negra’
(Foto: Marcello Casal Jr/ABR)
O Ministério do Meio Ambiente
divulgou ontem, 3, a lista dos municípios que mais desmatam na região
amazônica. Entre eles, o destaque fica para as cidades paraenses de
Senador José Porfírio e Anapu, ambas na área de influência da futura
usina hidrelétrica de Belo Monte. A portaria ministerial publicada no
Diário Oficial da União retira da mesma lista os municípios de
Ulianópolis e Dom Eliseu.
Criada em 2007, a relação tem
o objetivo de aumentar a fiscalização do governo federal nessas
localidades para combater ilegalidades. As cidades que são incluídas
sofrem sanções como a não liberação de crédito agrícola a produtores
rurais. Atualmente, 46 cidades nos estados do Pará, Mato Grosso,
Roraima, Amazonas, Rondônia e Maranhão têm fiscalização priorizada no
Ministério.
No Pará estão incluídas e portanto sofrendo sanções do governo federal, os municípios de Altamira, Anapu, Brasil
Novo, Cumaru do Norte, Marabá, Moju, Novo Progresso, Novo Repartimento,
Pacajá, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, São Félix do Xingu,
Senador José Porfírio, Tailândia e Itupiranga.
De acordo com os registros do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até 2011 o município
de Anapu desmatou 2.239 km² (equivalente a 18% da área total do
município), enquanto em Senador José Porfírio houve a perda de 783,5 km²
até o ano passado – equivalente a metade do tamanho do município de São
Paulo.
Para saírem da lista, os
municípios têm que cumprir três requisitos dispostos na Portaria nº186
de 04 de junho de 2012, do MMA. O primeiro deles refere-se ao
Cadastramento Ambiental
Rural (CAR), segundo o qual a cidade tem de ter 80% do seu território
com imóveis rurais devidamente cadastrados, excetuando-se as áreas
cobertas por unidades de conservação de domínio público e terras
indígenas.
O segundo e o terceiro quesitos
referem-se ao desmatamento no município, que, em 2011, tem que ser igual
ou menor a 40 km². Além disso, a média do desmatamento dos períodos de
2009/10 e 2010/11 (o “calendário do desmatamento” começa no meio do ano)
precisa ter sido igual ou inferior a 60% em relação à média do período
de 2006/07, 2007/08 e 2008/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário