A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo e,
neste mês, está completando 15 anos de privatização. Até 1997, quando
foi privatizada, a Companhia Vale do Rio Doce, hoje apenas Vale, ampliou
suas áreas de atuação e hoje está atuando inclusive na geração de
energia térmica e na exploração de petróleo e gás.
Tendo seu controle passado da União para os fundos de
pensão, basicamente, a empresa criada em julho de 1942, passou de 11
mil empregados para mais de 60 mil trabalhadores diretos, chegando a 126
mil pessoas entre próprios e terceirizados atuando em 38 países onde a
empresa atua.
Hoje, as ações da empresa estão nas bolsas de valores
de São Paulo (onde chegaram em abril de 1968), Madri (fevereiro de
2000), Nova York (julho do mesmo ano), Paris (julho de 2008), e Hong
Kong em dezembro de 2010.
Utilizando o próprio simulador da empresa, em sua
página na internet, é possível perceber que as ações tiveram valorização
de 4.290,26%, considerando o período entre 10 de maio de 1997, quatro
dias após a privatização, e sexta-feira, dia 04 de maio.
Maior produtora mundial de minério de ferro e a
segunda maior produtora de níquel, a empresa ainda produz cobre, carvão,
manganês, ferro-liga, fertilizantes, cobalto e outros metais do grupo
da platina. Está presente ainda nos setores de logística, de siderurgia e
de energia.
Depois de entrar também no setor de petróleo e gás,
com a aquisição de vários blocos marítimos em parceria com outras
empresas, inclusive na Bacia do Espírito Santo, a nova direção da Vale
já anunciou que pretende deixar o segmento por considerar que estaria
saindo da sua vocação mineradora.
A produção da Vale em 2011 bateu recorde e chegou a 300 milhões de toneladas de minério e pelotas
Quem ganhou
Para o presidente do Sindicato dos Ferroviários (que abrange Espírito Santo e parte de Minas Gerais), João Batista Cavaglieri, que trabalha na empresa desde 1973, a privatização teve pontos negativos e positivos e “exige, inclusive, dos dirigentes sindicais, o aperfeiçoamento constante para acompanhar seu crescimento”.
Para o presidente do Sindicato dos Ferroviários (que abrange Espírito Santo e parte de Minas Gerais), João Batista Cavaglieri, que trabalha na empresa desde 1973, a privatização teve pontos negativos e positivos e “exige, inclusive, dos dirigentes sindicais, o aperfeiçoamento constante para acompanhar seu crescimento”.
Para os funcionários, mesmo os que lutaram contra a
privatização, como foi o caso de Cavaglieri, o lucro líquido da empresa
em 2011 – R$ 37,8 bilhões – tem que ser levado em conta. Esse valor
rendeu, no ano passado, 5,5 salários para cada funcionário a título de
Participação nos lucros. É claro que há muitas coisas que ainda não
alcançamos, mas é preciso continuar lutando”, ressalta.
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