A manhã de domingo (27) foi de conflito na Fazendo Cedro, na Rodovia
BR-155, a 50 km de Marabá, entre este município e Eldorado do Carajás.
Cerca de 100 camponeses sem-terra, que estão acampados dentro de uma
área do imóvel, invadiram um dos retiros da fazenda e causaram prejuízos
consideráveis.
Eles derrubaram cercas, depredaram a parede de uma casa, tocaram fogo
em uma moto e ainda mataram alguns animais. O prejuízo só não foi maior
porque funcionários da fazenda conseguiram retirar o gado antes da ação
dos sem-terra.
Os funcionários tiveram que abandonar as casas e acionaram a polícia.
Uma equipe da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) esteve no local à
tarde, mas os acusados já tinham ido embora.
O DIÁRIO conversou com delegado Victor Leal, que chefiou a equipe da
Deca no local. Ele explicou que, na verdade, alguns sem-terra foram
caçar nas dependências da fazenda. Foi quando funcionários da escolta
armada, que vigia a fazenda, impediram a ação. Com isso, outros
sem-terra se revoltaram e partiram então para uma ação mais radical e
depredaram alguns bens do imóvel.
Victor Leal afirma que os policiais só deixaram a fazenda depois que
não havia mais perigo de ocorrer novo conflito. Além do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem--Terra (MST), existe outro grupo ocupando uma
área da Fazenda Cedro. Este grupo não pertence nem ao MST nem à Fetagri.
A Assessoria de Comunicação do Grupo Agro Santa Bárbara, dono da
terra, ainda não informou o tamanho do prejuízo, mas disse ter acionado a
Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
O coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Marabá, José
Batista Afonso, disse não saber qual grupo invadiu a área, mas acha que
seria pouco inteligente por parte do MST fazer isso, já que existe a
possibilidade de a situação deles em relação à fazenda ser resolvida
esta semana.
(Diário do Pará)
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