O delegado Francisco Bismarck Borges Filho, suspeito de balear e matar o microempresário Wellington Gutemberg Pinheiro de Oliveira, de 22 anos, em Marabá, foi afastado do cargo, informou nesta segunda-feira (21), o corregedor de Polícia Civil do Interior, Domingos Sávio Rodrigues.
Bismarck foi convocado a
comparecer nesta manhã à Divisão de Polícia do Interior (DPI), em
Belém, para ser interrogado sobre o episódio. Ele ainda não prestou
depoimento e ficará à disposição da DPI até o caso ser esclarecido.
Diretor da 21ª Seccional Urbana de Marabá, o policial é suspeito de
balear Wellington durante uma suposta operação de combate ao tráfico de
drogas no município, na semana passada.
A vítima estava dentro
de um cyber café quando foi abordada pelo delegado que estava
descaracterizado. Ele chegou ao local usado traje de mototaxista, em
busca de um suposto traficante da cidade. Segundo testemunhas, o
delegado pediu que Wellington o acompanhasse até o lado de fora da loja.
Na calçada, ele disparou três tiros contra o rapaz, sem pedir a
identificação do jovem.
O corregedor informou
que um inquérito policial foi aberto na Superintendência de Polícia de
Marabá, e que Bismarck também vai responder a processo administrativo
disciplinar feito pela Corregedoria da Polícia Civil. O inquérito tem
até 30 dias para ficar pronto; e pode ser prorrogado para mais 30. O
prazo do outro processo é de 60 dias, prorrogáveis para mais 60.
Para a família, a morte
de Wellington levanta muitas dúvidas. Uma delas questiona por que o
delegado agiu sozinho em uma operação, por que não se identificou nem
pediu a identidade da vítima e por qual razão o policial estava vestido
de mototaxista. “Vamos levantar todas essas situações”, disse o delegado
Sávio, que adiantou ser normal se descaracterizar em algumas operações
policiais.
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