Se
a estratégia da bancada paraense der certo, a Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará (Unifesspa) vai começar suas atividades no segundo semestre do
ano que vem. O objetivo é fazer com que o projeto, que está tramitando na
Câmara dos Deputados, seja submetido a uma relatoria em plenário, ao invés de
passar por todas as comissões da Câmara. Isso agiliza o processo, porque o
passo seguinte é a análise no Senado e em seguida a sanção presidencial.
Essa
ideia foi apresentada ontem pelos deputados Miriquinho Batista (relator da
matéria na Câmara) e Claudio Puty (membro da comissão de Finanças e Tributação),
durante audiência ontem, que tratou do assunto no auditório da Universidade
Federal do Pará (UFPA), que reuniu deputados, prefeitos e estudantes
universitários da região.
Intitulado
"A expansão do ensino superior no Pará e a criação da Unifesspa", o
debate de ontem teve ainda a presença do reitor da UFPA, Carlos Maneschy ,
deputado Wandenkolk Gonçalves e João Salame, prefeito Maurino Magalhães,entre outras autoridades.
Durante
o evento os políticos hipotecaram seu apoio à nova universidade e relataram em
qual estágio está o projeto na Câmara dos Deputados. Por outro lado,
representantes dos municípios do sul e sudeste do Pará relataram os problemas
sociais e a falta de acesso a educação nessas áreas e cobraram celeridade no
processo para criação da Unifesspa.
Os
representantes dos estudantes deixaram claro que o processo de escolha dos
cursos precisa ter participação de toda a comunidade, pois não pode servir
apenas para formação de mão de obra para os chamados grandes projetos. Deputado
Puty corroborou com a ideia.
Sobre
este assunto, o deputado Miriquinho Batista disse que estranhou o fato de que a
escolha dos cursos não foi trabalhada com mais profundidade. Todavia deixou
claro que esse debate deve se estender nos próximos dias, pois dentro de três
semanas ele pretende concluir o relatório sobre a Unifesspa, para ser apreciado
pela Câmara.
Pelo
projeto, que foi alterado, além de Marabá, estão previstos campi em Xinguara,
Rondon do Pará, São Félix do Xingu, Santana do Araguaia e Parauapebas (que não
constava no projeto original, mas foi incluída depois). Serão mais 50 cursos
implantados na região, a partir da contratação de 500 novos professores
Sindicalista cobra
valorização dos professores
Durante
a audiência, o professor Wanderley Padilha, diretor da Faculdade de Ciências
Sociais e diretor Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Pará,
Campus Marabá (Sindufpa-Mab), disse que a criação da nova universidade só tem
sentido se os professores forem valorizados.
O
sindicalista chamou atenção para o fato de que existe uma política impulsionada
para converter a universidade pública e – a sua forma de atuar – num formato de
empresa privada. Nessa lógica, segundo ele, há um processo de precarização dos
trabalhadores da instituição, sejam eles professores ou técnicos
administrativos. “Temos os menores salários do serviço público federal”,
afirma.
E
para confirmar o que diz, Wanderley Padilha denuncia que o professor sem
titulação (que trabalhar apenas 20 horas) ganha um salário de R$ 577,00. Ou
seja: menos de um salário mínimo.
Segundo Padilha, isso não deu problema ainda porque a
universidade faz concurso apenas para professor com dedicação exclusiva ou 40
horas. “Mas isso mostra o descaso que o governo vem tendo com a categoria”,
critica
EM FIM SURGE UMA ESPERANÇA PARA OS ESTUDANTES DE XINGUARA E REGIÃO, PODEREM CURSAR UMA UNIVERSIDADE SEM PRESCISAR ABRIR MÃO DE SUA CIDADE! SE DESLOCANDO PARA OS ESTADOS DO TOCANTINS,GOIÁS E MATO GROSSO.
ResponderExcluirGOSTEI DA IDÉIA E ACHO CORRETO QUE A COMUNIDADE PARTICIPE DA ESCOLHAS DOS CURSOS QUE SERAR OFERECIDOS AO NOSSAS ESTUDANTES.
LEVY BURITE
Que essa nova universidade saia rapidamente do papel, comece a funcionar e levar todos os benefícios que uma instituição de curso superior é capaz.
ResponderExcluirÉ imprescindível que um território tão vasto, como é o sul e sudeste paraense tenha uma universidade federal.
Já chega de ter de se deslocar centenas e até milhares de km, como é o meu caso, que sou de Ourilândia do Norte e curso medicina no estado de São Paulo, para ter acesso aos cursos de nível superior.
Essa gente merece mais respeito e educação de qualidade.