Desde a semana passada, o Ministério Público pediu a prisão do secretário municipal de Saúde, Nilson Piedade, e também do prefeito Maurino Magalhães, por causa do caos que s instalou na saúde municipal.a informação foi confirmada hoje pela promotora do MPE Sabrina Sayd Daibes De acordo com ela o pedido de prisão endereçado à 3ª Vara Cível de Marabá, a prisão do secretário foi pedida por causa do uso indevido do Fundo Municipal de Saúde, que é um recurso do governo federal repassado à Saúde. Outro motivo é que o secretário não prestou contas dos recursos do setor para o Conselho Municipal de Saúde (SMS); e por fim a Secretaria está deixando de repassar medicamentos de uso contínuo e obrigatório para pacientes cadastrados, muitos deles cadeirantes.
O pedido de prisão do secretário está na mesa do juiz Celso Quim Filho, que é o substituto da 3ª Vara Cível em Marabá. Durante todo o dia de ontem foi grande a expectativa em torno de uma possível decisão do juiz, mas isso ainda não ocorreu.
Prefeito – No caso do prefeito Maurino Magalhães, o pedido deve subir para o procurador geral de Justiça no Estado, que encaminha para o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-PA).
O pedido de prisão dele foi motivado porque a prefeitura estaria deixando de repassar os 15% da saúde, previstos no orçamento do município.
Outro caso preocupante na saúde do município que levou o MP a pedir a prisão do prefeito e do secretário de Saúde é o caos que assola o Hospital Municipal (HMM), com falta de medicamentos, insumos, e que levou os médicos e demais servidores a paralisar o atendimento nos ambulatórios e a não realizar mais cirurgias eletivas.
O Ministério Público também ingressou com ação contra o município pela paralisação, há mais de um ano, do atendimento odontológico nos centros de saúde, fazendo com que os profissionais desta área parem de trabalhar por absoluta falta de material.
Diante disso, o Ministério Público vai pedir também uma auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) nas contas do município, por considerar que há indícios suficientes para uma ação por uso indevido de recursos públicos.
Para se ter uma ideia do quanto a situação na saúde é caótica e exige providências, o Ministério Público já moveu mais de 10 ações contra a prefeitura só por causa de assuntos ligados à saúde municipal nos últimos três. Quem mais sofre é a população
Desde que a crise na saúde se agravou as críticas têm sido grandes em relação ao descaso no setor hoje pela manhã choveu de reclamação quando este poster no programa Clube da Manha abriu espaço ´para ouvir a comunidade sobre caos da saúde na Radio Clube. Entre as pessoas que reclamam está Adalgiza Silva, residente na Folha 29.
Ela relatou que estava com sangramento e foi atendida, em 27 de março, pelo médico Anderson Huhn Bastos, o qual fez um atendimento inicial e encaminhou-a para cirurgia de urgência. Mas até hoje ela não conseguiu ser submetida a essa cirurgia.
“Estou com um monte de papéis aqui e não consigo nada; já fui à Secretaria de Saúde, mas ninguém me atende”, declarou Adalgiza, a uma emissora de rádio.
Ela deixou claro que o médico Huhn cumpriu sua parte, atendendo-lhe e lhe dando todo o encaminhamento, mas até hoje ela não conseguiu a cirurgia.
Por outro lado, Ademar Silva, morador do Bairro das Laranjeiras, contou que no posto de saúde daquele bairro trabalhava o médico Wild Cavalcante, único endocrinologista da rede municipal, mas este deixou a prefeitura por absoluta falta de condições de trabalho.
Outro que também reclamou foi Antônio Rodrigues Chaves, o “Barbudo”, residente no Km 7 (Nova Marabá). Ele já perdeu uma filha por conta de problemas no Hospital Materno Infantil, e disse que não queria ver nenhum pai passando pelo sofrimento que ele passou. o secretário municipal de Saúde, Nilson não foi econtrado atravez de contato via telefone para dar exclarecimentos sobre as denuncias na saúde
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