Frei Hernanes, da Igreja Católica, que desenvolve projeto social na área da música, com famílias carentes, denunciou à Imprensa que foi vítima de truculência policial durante abordagem. O caso ocorreu por volta das 10h30 da noite de quinta-feira, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como “Invasão da Coca-Cola”, onde o frei havia acabado de deixar um dos estudantes do projeto social em casa.
Frei Hernandes disse ter sido abordado de forma violenta por uma guarnição da Polícia Militar. O religioso diz que não chegou a ser agredido fisicamente, mas lembra que as agressões verbais e as armas apontadas para sua cabeça, em meio a agitação dos policiais, é algo que ele dificilmente vai esquecer.
Por ser um homem religioso, que nunca tinha passado por uma situação dessas, Frei Hernandes lembra que ficou “congelado” de medo e não sabia se saia do carro ou se pegava os documentos do veículo, o que fez a situação ficar ainda mais tensa.
Frei Hernandes diz que saiu do carro com as mãos na cabeça e afirma que deu sorte porque um casal que estava noutro carro logo atrás dele gritou para os policiais informando que se tratava de um padre e não de um bandido.
Ele disse ter muito respeito pelo trabalho da polícia, mas condenou esse tipo de abordagem e fez um apelo às autoridades para que isso não volte a se repetir. “Com todo respeito que eu tenho a polícia, agiram de uma forma desastrosa e o constrangimento é muito grande”, Coronel diz que não incentiva abordagens truculentas
Ouvido pela Imprensa, o coronel Sebastião Monteiro, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), disse que a Polícia Militar, quando vai fazer uma abordagem, não tem como saber se a pessoa a ser abordada é um cidadão ou um bandido, por isso mesmo ele diz que não orienta seus comandados a agirem com truculência.
Sobre o fato de o Frei Hernanes ser negro, o comandante do 4º BPM disse que isso é indiferente para a polícia. “A questão da cor da pele não importa. A gente aborda branco, amarelo, negro...”, confirma o oficial.
Coronel Monteiro afirmou que todas as pessoas que sentirem constrangidas por uma ação da Polícia Militar devem procurar os meios legais, e lembra que todos os lados envolvidos na questão precisam ser ouvidos, para não ocorrer julgamentos precipitados.
Muito bom esse corporativismo da PM...
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