Reynaldo Gianecchini no Carnaval de Salvador (3/3/2011)
Ainda não há previsão para o início do tratamento de quimioterapia a que será submetido o ator Reynaldo Gianecchini, 38, segundo informou o boletim médico divulgado no início da tarde desta sexta-feira (19) pelo hospital Sírio Libanês.
De acordo com o boletim, na noite da quarta-feira (17) Gianecchini apresentou sangramento durante a passagem do cateter central que receberia a medicação. Essa intercorrência atrasou o início da quimioterapia, que ainda não tem data para começar.
Em entrevista por telefone ao portal UOL, o infectologista David Uip diz que "fez todos os exames relacionados ao linfoma, incluindo vírus, bactérias, protozoários e fungos. Todos eles deram negativo”, informou o médico. Ele não soube dizer, entretanto, se depois do início do tratamento de quimioterapia o ator terá alta do hospital. “Quem cuida dessa parte é a Dra. Yana Novis”, afirmou.
Uip é professor livre-docente de infectologia pela Universidade de São Paulo, diretor-geral do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e faz parte da equipe de infectologia do Hospital Sírio-Libanês.
Na manhã desta sexta-feira (19), a ex-mulher de Gianecchini, a apresentadora Marília Gabriela, esteve no hospital. Ontem, ele recebeu a visita da atriz Cláudia Raia, que deu a informação do adiamento da quimioterapia.
"Tanto amor, tantos livros, tantas flores, tantas mensagens... Ele lê todas, todos os torpedos, todos os emails. É carinho do Brasil inteiro. O que eu peço é que vocês continuem mandando o amor de vocês porque ele realmente está com o coração cheio de amor", disse a atriz (assista no vídeo ao lado).
ENTENDA O LINFOMA
Reynaldo Gianecchini está internado em São Paulo tratando um linfoma T Angioimunoblástico. No linfoma de célula T, as células malignas têm características de linfócitos T, relacionados às defesas do organismo. De acordo com Juliana Pereira, chefe do setor de hematologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, o linfoma do tipo T é menos comum e mais agressivo. "Os linfomas do tipo não-Hodgkin podem ser B ou T. O T é mais agressivo que o B, e usualmente o tratamento é mais difícil, porque ele evolui rápido e se apresenta de forma mais disseminada no corpo. O tratamento tem que ser mais intensivo. Geralmente 85% dos linfomas são B e 15% são T", explica.
Juliana conta que o tratamento costuma "envolver sessões frequentes de quimioterapia e, dependendo da resposta do corpo, o paciente pode precisar de um tipo de transplante que aproveita suas próprias células-tronco".
DIAGNÓSTICO
Gianecchini foi diagnosticado com câncer no dia 11 de agosto. Há cerca de um mês ele passou por uma cirurgia para a remoção de hérnia inguinal. Por meio de um comunicado encaminhado pela TV Globo, emissora que o ator mantém contrato, Gianecchini informou o público que estava "pronto para a luta” e que contava com o carinho e o amor do público. (*com colaboração de Fábia Oliveira, do UOL, no Rio)
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