(Foto: Thiago Araujo)
Morreu
na madrugada desta terça-feira, 18, um dos jornalistas mais respeitados
do Pará: Walter Guimarães. Walter tinha 72 anos de idade e completou 50
de jornalismo em 2012. José Walter Rolim Guimarães trabalhava há 24
anos no jornal e era um dos colunistas sociais mais importantes e
queridos do Estado. Sentiu-se mal no inicio da noite de ontem, em sua
casa, e foi levado para um hospital no bairro de Batista Campos, com uma
parada cardiorrespiratória, onde acabou falecendo.
Este ano, o DIÁRIO e o jornalismo paraense já haviam perdido Fernando Castro.
Ao longo da carreira, o colunista
conquistou espaço e respeito do público. Testemunha da modernização
gráfica, da evolução tecnológica e da virada que proporcionou ao DIÁRIO
ser líder de mercado no Estado, Walter era um entusiasta do jornal. Ele
chegou ao DIÁRIO pelas mãos do fundador e seu amigo pessoal, jornalista
Láercio Barbalho.
Entrou em 1988 para ser o editor-geral
adjunto e permaneceu no cargo até 1994. Sua coluna social existe desde
os tempos do antigo Caderno “D”. “Meu espaço é aberto a todos os
segmentos da sociedade. Não faço distinção, eu respeito e valorizo a
dignidade humana, portanto todos têm direito de ver sua festa ou evento
noticiado”, disse, na última entrevista que concedeu, para a edição
especial de aniversário do DIÁRIO. “A vida não é dotada só de tragédia,
polícia, esportes e política. Tem também o seu lado bom, de alegria”,
completou.
O jornalista já havia sofrido um
princípio de infarto no dia 22 de março deste ano, chegando a implantar
pontes de safena. O episódio adiou a festa de comemoração do jubileu de
ouro pelos anos de atuação no jornalismo. De hábitos simples, Walter era
conhecido pelo senso de humor apurado e a generosidade com amigos e
colegas de profissão. Deixa três filhos: José Walter, Jorge Souza e
Gorete Guimarães.
A CARREIRA
A CARREIRA
No início da década de 1960, Walter
entrou para a atividade jornalística, trabalhando como repórter policial
do Jornal do Dia. No exercício da função, cobriu fatos importantes da
história do Pará, como a deposição do governador Aurélio do Carmo depois
do golpe militar de 1964.
Naquele mesmo ano, foi trabalhar na
Rádio Guajará como repórter de atualidades. Um ano depois, transferiu-se
para A Província do Pará, onde assumiu a chefia de reportagem.
Além de ter sido protagonista nos
principais veículos de comunicação paraense, o jornalista também foi
correspondente do jornal O Globo (RJ) no Pará, da agência noticiosa UPI,
vice-presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, assessor
de imprensa da Assembléia Legislativa, assessor especial do Governo do
Estado, diretor do Sindicato dos Jornalistas do Pará, membro fundador da
Academia de Jornalismo do Pará e diretor-presidente da Imprensa Oficial
do Estado.
Durante o governo de Jader Barbalho,
em 1987, Walter assumiu a direção da TV Cultura. Quando saiu, Walter foi
trabalhar no DIÁRIO, onde foi editor geral e depois colunista, função
que exercia atualmente. Com boas fontes e acompanhamento dos principais
fatos da cidade, manteve sempre em alta sua coluna, que ele denominava
como eclética e era uma das mais lidas do jornal. A última coluna foi
escrita ontem e publicada na edição de hoje do caderno TDB. O enterro do
jornalista será no cemitério Recanto da Saudade.
(Diário do Pará)
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