Ferramentas que ajudam na fiscalização
(Foto: Ney Marcondes)
Basta
um click e, em alguns segundos, as informações sobre cada um dos planos
de governo de candidatos que pretendem assumir a administração de uma
prefeitura municipal se abrem na tela do computador.
Em outro endereço
eletrônico, os valores destinados ao pagamento de funcionários,
relatórios de despesas de secretarias e outros órgãos de governo e
prestações de conta que apontam a efetiva aplicação do dinheiro público
pelo gestor municipal já eleito. Disponibilizadas e facilitadas,
em grande parte, pela internet, ferramentas como essas podem se
transformar em importantes mecanismos de cobrança das ações realizadas
pelos gestores públicos por parte da população.
Para o procurador regional eleitoral
do Ministério Público Estadual (MPE), Igor Nery Figueiredo, são muitas
as ferramentas que possibilitam que a população acompanhe as ações
praticadas por prefeitos e demais gestores públicos hoje, mesmo após a
eleição.
Segundo ele, a própria legislação brasileira tem proporcionado uma possibilidade maior de cobrança dos eleitores a partir do acesso a informações que antes eram tidas como sigilosas. “Existem vários mecanismos de controle social”, acredita. “Uma inovação é que os candidatos agora têm registradas na Justiça Eleitoral as suas propostas de campanha. Posteriormente, isso possibilita que o eleitor possa fazer um comparativo entre o que foi prometido e o foi cumprido pelo prefeito eleito”.
Segundo ele, a própria legislação brasileira tem proporcionado uma possibilidade maior de cobrança dos eleitores a partir do acesso a informações que antes eram tidas como sigilosas. “Existem vários mecanismos de controle social”, acredita. “Uma inovação é que os candidatos agora têm registradas na Justiça Eleitoral as suas propostas de campanha. Posteriormente, isso possibilita que o eleitor possa fazer um comparativo entre o que foi prometido e o foi cumprido pelo prefeito eleito”.
Ele também destaca a importância da
Lei de Acesso à Informação como uma forma de acompanhamento das práticas
que envolvem o dinheiro público. Sancionada em novembro de 2011, a lei
regulamenta o direito de acesso dos cidadãos às informações públicas nos
âmbitos municipal, estadual e federal.
Apesar da ferramenta, Igor
Nery também destaca o controle social a partir do próprio dia a dia de
cada um. “Através do Portal da Transparência o eleitor pode ter acesso a
informações sobre as verbas recebidas em campanhas e outras coisas”,
ressaltou. “Mas o cidadão também pode verificar na vida da comunidade se houve incremento na vida social, se houve melhorias práticas”.
Sem facilidade de acesso à internet, o
autônomo Paulo dos Santos avalia, dia a dia, nas ruas, a atuação dos
gestores eleitos. Para ele, que afirma acompanhar minunciosamente o que o
prefeito de seu município faz para trazer melhorias, independente de
quem seja, o controle da sociedade é fundamental.
“Eu acompanho tudo. Observo que
trabalhos estão sendo feitos e se está sendo bem feito; vejo que
melhorias aquele trabalho vai trazer para todos e não só para alguns...
acompanho o que vejo na rua”, acredita. “O povo tem mais é que vigiar o
que o prefeito faz”.
NECESSIDADES
NECESSIDADES
Responsável por uma banca de venda de
frutas instalada em São Brás, Paulo acredita estar em contato todos os
dias com as maiores necessidades da população. Mesmo com a rotina
intensa e cansativa, ele afirma não deixar de exercer práticas que são
direito de todo cidadão. “Eu gosto de acompanhar o que os prefeitos
fazem mesmo, é uma coisa minha e é por isso que eu não vendo meu voto”,
garante. “Não vendendo o meu voto, eu tenho como cobrar depois do
prefeito porque dei meu voto por vontade minha mesmo. Eu quero ter o
direito de cobrar”.
Com uma estratégia diferente, a
psicóloga Patrícia Oeiras também observa de perto as ações dos prefeitos
que ajuda a eleger. Segundo ela, a responsabilidade de cobrar o que foi
prometido é sempre presente, mesmo que os resultados observados com
essa cobrança nem sempre sejam positivos.
“Acompanho pela internet e também
guardo as reportagens que saem com as propostas daquele candidato para
depois, quando for eleito, saber se estão cumprindo”, afirma. “É muito
importante que todos façam isso porque só assim é possível saber se
aquela pessoa está trabalhando em prol do povo. Acontece que as pessoas,
geralmente, esperam que outras pessoas façam isso por elas”.
(Diário do Pará)
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