O sistema funcionará de
maneira semelhante ao do celular pré-pago, que já conquistou 80% dos
usuários.
A agência faz no momento
consulta pública para finalizar a regulamentação do sistema. Pela norma, a
mudança deve ser gratuita para o cliente. A concessionária instalará um novo
medidor, que mostrará a evolução dos gastos e o crédito
remanescente.
Não deverá haver limite para a
quantidade de recargas. Cada aquisição pode começar com 1 kWh -que custa hoje
cerca de R$ 0,50 e é o equivalente a uma lâmpada fluorescente compacta (com
iluminação semelhante à da incandescente de 60 W) ligada cerca de duas horas por
dia, durante um mês.
Quando o saldo estiver prestes
a terminar, o equipamento dispara um alarme visual e sonoro. A recarga poderá
ser feita pela internet, por telefone e em pontos de venda
cadastrados.
A participação das
concessionárias é opcional, e as que aderirem terão até três anos para implantar
o sistema.
Para a Aneel, as vantagens são
reduzir a inadimplência, economizar mão de obra na medição e gastar menos com o
envio de faturas.
A agência não divulgou, porém,
o número de distribuidoras que já manifestaram interesse no
sistema.
Para os usuários, as vantagens
são mais controle dos gastos e o fim da obrigação de pagar a tarifa
básica.
Uma crítica já levantada por
órgãos de defesa do consumidor é que os consumidores de baixa renda correriam
mais risco de ter o fornecimento interrompido. A Aneel argumenta que a suspensão
ocorre nos dois regimes.
PROJETO
PILOTO
O sistema de cobrança pré-pago
já funciona em países como Reino Unido, Argentina, África do Sul e
Colômbia.
No Brasil, há projetos pilotos
em São Paulo, no Rio e em regiões do Amazonas. A regulamentação deve ampliar o
sistema para todo o país.
A Aneel diz que, nesses
locais, o consumidor passou a usar melhor a energia. "Quando os créditos estão
acabando, elas passam a tomar banho mais morno e mais rápido e a assistir menos
TV. Ter a exata noção do gasto só é possível no sistema pré-pago", disse o
superintendente de Regulação da Comercialização da Eletricidade da Aneel, Marcos
Bragatto.
A AES Eletropaulo, que atua em
24 cidades paulistas, incluindo a capital, testa desde 1995 o sistema, com 3.600
dos 6,4 milhões de clientes.
A aposentada Trindade de
Martins Izidoro, 64, é um deles. Moradora da Vila Leopoldina (zona oeste), há
três anos Trindade vive em um apartamento que teve o sistema implementado já
durante a construção.
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