quinta-feira, 1 de março de 2012

Celpa é a 1ª empresa da Rede a pedir recuperação

Quarta-Feira, 29/02/2012, 18:26:53 - Atualizado em 29/02/2012, 19:10:23
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A Rede Energia é uma das maiores empresas privadas do setor de energia elétrica do Brasil. A empresa atende 578 municípios de sete diferentes estados, entre eles, o Pará. A empresa Centrais Elétricas do Pará (Celpa) foi privatizada e passou a fazer parte da Rede Energia por meio de leilão realizado no dia 9 de julho de 1998, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A empresa foi vendida sob argumento de que o serviço iria melhorar e a tarifa baixar. A Celpa é a primeira em 100 anos de história da empresa a pedir a recuperação judicial.
Na época da privatização, o Sindicato dos Urbanitários do Pará contestou a forma como vinha sendo encaminhada a venda da empresa e o perigo de cortes de funcionários após a compra privatização. De acordo com o site UOL, apenas o Grupo Rede estaria interessado em comprar a Celpa e algumas empresas que não estariam interessadas, teriam entrado na disputa. Cinco das oito empresas inscritas para o leilão seriam ligadas ao Grupo Rede e as empresas restantes não operavam no setor energético, segundo afirmou o site.
A Celpa era uma empresa de economia mista controlada pelo Governo do Pará e organizada sob forma de sociedade por ações da capital autorizado e fechado. A empresa foi autorizada a funcionar como empresa de energia elétrica e atuava como concessionária de serviço público na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Estado do Pará.
O então presidente, Fernando Henrique Cardoso acabou, aos poucos privatizando o patrimônio nacional, nas mãos de particulares e estrangeiros. Segundo o sitio annesillva.xpg.com.br , o Estado teria passado por cima da pesquisa do Instituto Vox Populi (maio/98), na qual tinha constatado que a maioria da população era contra a privatização, principalmente da Celpa.
A privatização da empresa trouxe a dissolução de equipes técnicas de altíssima capacitação e experiência, constituídas ao longo de décadas, assim como a temerária fragilização técnica da empresa.
Em virtudes da série de problemas com a Celpa, atualmente é cogitada a possibilidade de re-estatizar a empresa. A Eletrobras, empresa estatal que escapou das privatizações, pode adquirir o controle acionário da companhia, a Eletrobras tem 34 % do controle acionário e admitiu ontem (28) a possibilidade de compra.
Em nota, a assessoria do Grupo Rede informou que este é um caso isolado. A nota afirma ainda que a Celpa tem cumprido seu papel social fornecendo energia elétrica aos cidadãos e empresas paraenses. "Os investimentos na rede elétrica avançaram expressivamente ao longo desses anos, levando energia elétrica a mais de 1 milhão de novos consumidores. Os índices de qualidade e nível de serviço vêm melhorando substancialmente",. A área de concessão da Celpa abrange 15% do território nacional e 5% da população do país.
Centrais Elétricas do Pará
A Celpa foi criada em 1962 com o objetivo de eletrificar o Estado. Sete anos mais tarde, a empresa se associou à Força e Luz do Pará S.A. - Forluz, originando uma única concessionária de energia. A partir de 1981, a nova concessionária passou a contar com energia do Sistema Interligado Norte-Nordeste. Um ano depois, a Celpa entrava para o Sistema Interligado Brasileiro, com a entrada em operação da Interligação Norte-Sul, em 500 kV.
O Pará concentra em seu território cerca de 34% de toda a extensão da bacia amazônica (mais de um milhão de km²) e seu potencial hidrelétrico é avaliado em mais de 61 mil MW. Esse potencial está distribuído em nove grandes bacias, destacando-se a do Rio Tocantins, onde foi implantada a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, inaugurada em 1984..

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