Assembleia pode formar comissão para investigar denúncia sobre fonte radioativa perdida pela Vale
A notícia dando conta que a Vale perdeu em São Luís uma fonte radioativa que pode causar acidente igual ao do Césio-137 (reveja), levou o deputado Marcos Caldas (PRB) a denunciar na Assembleia.Vice-presidente da Casa, Marcos Caldas fez uma descrição do acidente com o Césio 137 ocorrido em Goiânia (GO), onde residia na época. Um aparelho de Raio-X, de um hospital, foi aberto num ferro velho e as crianças pegaram o césio, que brilha, e fizeram cordões e pulseiras, colocando no peito e nos braços. “Todos eles morreram. A menina Lady, de 5 anos, foi a primeira que morreu brincando com o produto químico”, lamentou. “Seu Devair, dono do ferro velho, perdeu a mão”, acrescentou.
Considerando o caso muito grave, o deputado quer formar uma comissão que convoque o cidadão que fez a denúncia para que ele relate o incidente ocorrido com o material radioativo nas dependências da Vale. E quer que o Conselho Nacional de Energia Nuclear investigue o assunto “para que não venha a acontecer aqui o que aconteceu em Goiânia”.
Conforme o relato de Marcos Caldas, em Goiânia, nas ruas por onde o Césio 137 passou, tiveram que derrubar casas, encaixotar a substância em tonéis, mataram cachorros e galinhas, todo animal que havia nas casas. Todo esse material está enterrado sob concreto em Aparecida, pois são 100 anos para por fim à radiação. Caldas lembra que Goiânia passou muito tempo discriminada. “Ninguém mais ia para Goiânia, ninguém comprava um boi de Goiânia, ninguém comprava nada”, recordou.
O deputado vai dar entrada em requerimento para que a Assembleia tome providências e acione o CNEN e os cidadãos que fazem a denúncia prestem esclarecimento para toda a população e que uma investigação indique onde está a cápsula radioativa que a Vale não encontrou. “Nós não podemos deixar uma cápsula como essa abandonada por aí. Não esqueçamos que São Luís é uma ilha”, afirmou
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