Ampliar as
possibilidades de atração de investimentos e de empresas que
diversificarão o polo metalmecânico
de Marabá. Esta é a intenção do Governo do Estado, Associação Comercial
e Industrial de Marabá - ACIM e da Associação Comercial, Industrial e
Serviços de Parauapebas – ACIP ao promoverem o I Seminário
“Oportunidades de Investimentos e Negócios”, realizado
na última semana, em Marabá e Parauapebas. Com a participação de
empresários de diversos municípios do Pará e de convidados de empresas
de Minas Gerais e Espírito Santo, e apoio da Siderúrgica, o evento teve
como finalidade criar oportunidades de negócios
que deverão ser gerados a partir dos novos investimentos e da operação
dos empreendimentos já instalados na região sul e sudeste do Pará, como é
o caso da SINOBRAS, e projetos a serem instalados, a exemplo da Aços
Laminados do Pará- Alpa, da Vale, e do Projeto
Aline, uma parceria entre a mineradora e o Grupo Aço Cearense.
Segundo os
organizadores do Seminário, que teve em sua programação visitas,
workshops e reuniões em Parauapebas
e Marabá, o encontro também objetivou aumentar o conhecimento do
empresariado local e fazer a integração dos mesmos com empresários de
outros estados, através de visitas técnicas às plantas industriais
instaladas ou em instalação na região. Este é o terceiro
momento deste processo de atração de investidores. O primeiro foi
realizado em novembro do ano passado, por ocasião do I Simpósio do Setor
Metalmecânico de Marabá – Simpomec, quando foram discutidas as ações
para capacitação de empresários e trabalhadores
locais, adequando-os às mudanças no futuro próximo da região.
De acordo com o consultor da Vale,
Durval Vieira de Freitas, da DVF Consultoria, o Seminário faz parte
de um conjunto de ações. Ele lembrou que o Simpomec, foi apenas o
pontapé inicial, seguido pela visita às plantas industriais no sudeste
do País e pelo Seminário realizado agora no sudeste
paraense. “Nós estamos verificando que com a chegada da SINOBRAS aqui
em Marabá, e agora com a possibilidade de implantação, bastante
adiantada, da Alpa e do Projeto Aline, que há uma demanda muito grande
por empresas de fabricação, montagem, construção civil,
prestação de serviços especializados que não tem aqui em Marabá e nem
região de Carajás. Então nós trouxemos uma comitiva de empresários do
Espírito Santo e Minas Gerais com interesse de vir para cá fazer
investimentos, para aproveitar essa oportunidade e
para fazer parceria com empresas daqui. O objetivo desse encontro na
SINOBRAS é para eles conhecerem o mercado e as oportunidades que a
Siderúrgica já oferece, pois ela dá essas condições e está precisando de
fornecedores, então nada melhor do que eles conhecerem
o real já pensando no futuro. É um processo lento, isso não se resolve
de uma hora para outra e tem que ser trabalhado continuamente”, disse
Durval.
Mauro de
Souza, presidente em exercício da Associação Comercial e Industrial de
Marabá - Acim, afirmou
que as reuniões e as visitas para estreitamento da relação entre
empresários locais com os de fora do Estado e para a atração de
investidores para a região são um ganho. “Nós recebemos esta comitiva
para que eles vejam o potencial que existe na região e o
que já está implantado aqui, com um grande diferencial que seria a
SINOBRAS. Ninguém no sudeste do País imagina que Marabá tem uma empresa
deste porte que produz cerca de 400 mil toneladas de aço por ano
reunindo aços longos e trefilados. Eles nem imaginam
que há um empreendimento com esse potencial no meio da Amazônia”,
afirmou Mauro, referindo-se à SINOBRAS. Para ele o encontro foi uma
oportunidade para Marabá, bem como para os empresários que vieram, de
investir na região como fez lá atrás o Grupo Aço Cearense,
ao decidir instalar a SINOBRAS no município.
Para
o Gerente
de Metalurgia e Qualidade da SINOBRAS, Ricardo Pugliese, que acompanhou
a visita em Parauapebas e Marabá, “a vinda da comitiva foi o reflexo do
trabalho proativo de captação de investidores, pois o fato deles virem e
de terem a predisposição de conhecer a
região foi algo muito positivo. Eu acredito que a visita à usina da
SINOBRAS foi uma das melhores em termos de impacto pelo fato do projeto
já ter sido instalado e estar em operação. Como resultado
mais imediato e proveitoso da visita, ressalto o convite feito pelos
representantes do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material
Elétrico do Estado do Espírito Santo – SINDIFER e da Federação das
Indústrias de Minas Gerais – FIEMG, para que visitemos
novamente os dois estados para uma rodada de negócios promovidas pelas
duas instituições, agora com foco no desenvolvimento e atração de
fornecedores específicos para a SINOBRAS”,
revelou.
Realidade –
Ações de fortalecimento e capacitação de fornecedores são lideradas
pela Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará – Redes, da
Federação das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa. Para o consultor
técnico do Redes, Hugo Suenaga, a iniciativa de promover
este Seminário permite a troca de experiências entre os fornecedores
paraenses com os de outros Estados. “Com encontros como este podemos ver
a forma de trabalhar dos fornecedores de fora. Essa troca de
experiência é fundamental para o desenvolvimento até
mesmo do nosso fornecedor local”.
Em
processo de instalação de uma filial em Marabá por conta das
perspectivas positivas da região, os
gestores da empresa CEDISA veem com muito bons olhos a chegada à
região. Atuando no segmento de distribuição e processamento de produtos
siderúrgicos, a CEDISA disponibiliza ao mercado nacional produtos e
serviços siderúrgicos há mais de 40 anos. “O que nos
motivou a instalar uma filial em Marabá foram as perspectivas de
investimentos na região como a Alpa, por exemplo, que foi o principal
atrativo da região para que nós nos instalássemos aqui”, revelou Ricardo
Marinho, Gerente de Vendas da empresa. Silvino Alberguine
Canzian, Gerente Executivo da CEDISA demonstrou bastante entusiasmos
com a vinda da empresa para a região. “Estamos bastante empolgados e
muito otimistas. A Vale já é cliente nossa e a SINOBRAS está iniciando.
Neste encontro tivemos a oportunidade de ver que
os números em termos de aquisições da Siderúrgica são bastante
volumosos e fazem com que a gente acredite que teremos um grande futuro
por aqui, a expectativa é a melhor possível”, afirmou o executivo da
empresa que possui a matriz em Serra, no Espírito Santo
e filiais nos estados de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Recife e
agora no Pará.
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