quarta-feira, 7 de março de 2012

FONTE: Transparência Brasil



Segundo o blog Controle Social

Para se vencer uma eleição para o cargo de prefeito não precisa ter carisma, morar no município (como pensam alguns) ou mesmo conhecer a comunidade.

Basta apenas ter dinheiro no bolso e na conta bancária. Ficaram surpresos? Pois este é o ensinamento que as últimas eleições municipais deixaram no Maranhão.e  em muitos municipios do pará e   neste país. 

No caso de uma eleição para o cargo de prefeito, fazemos uma conta bem simples. Vamos multiplicar a quantidade de eleitores por 100. Ou seja, cada voto poderá ser comprado por R$ 100,00 (no mínimo). Não precisa nem fazer campanha. Coloca-se alguns cabos eleitorais para, no dia da eleição, ir de casa em casa cumprindo os "acordos".

Desse modo, uma eleição em um município de 15 mil eleitores custaria a bagatela de, no mínimo, R$ 1,5 milhões. É óbvio que esse dinheiro não sairá do próprio bolso de nenhum candidato. Ele será conseguido junto a agiotas, donos de construtoras, postos de combustível, distribuidores de merenda escolar e de medicamentos.

Detalhe, se um agiota emprestar R$ 1,5 milhões ele deverá receber cinco vezes este valor, ou seja, R$ 7,5 milhões. E caso quem tomou o empréstimo não faça o pagamento, corre um sério risco de ter a sua integridade física, ou de sua família, bastante afetada. Alguém aí se lembra da quantidade de prefeitos que foram brutalmente assassinados nos últimos anos no Maranhão?

Entenderam agora por que os municípios ficam totalmente abandonados pelas administrações municipais durante os 4 anos? Por conta de pagamentos de dívidas com os agiotas e demais financiadores de campanha. É o que os prefeitos chamam costumeiramente de "arrumar a casa".

Além destas formas de financiamento, uma outra é a manipulação de recursos federais ou estaduais. O Projovem, por exemplo, é colocado para ser administrado por uma ONG picareta, destas que existem aos milhares no País, e à população é informado que aquele programa foi determinado candidato que "conseguiu".

A moda hoje, é a manipulação utilizando-se casas populares. O INCRA não fiscaliza adequadamente e as associações, sindicatos e, até, prefeituras, deitam e rolam.

Uma lástima para um país que quer ser sério!

Segundo o mesmo blog:

Saiba como funciona a mente de um corrupto
                                        Sigmund Freud (1856 a 1939)

Na concepção freudiana todo homem veio ao mundo para cumprir duas premissas básicas: amar e ser amado. Sigmond Freud, indiscutivelmente um dos maiores gênios da humanidade, na primeira metade do século passado sintetizara bem a missão para qual os homens foram predestinados. 

Continuando com Sigmond, este estudou e descreveu os mecanismos de defesa inconsciente do ego, que são: recalque, repressão, negação, sublimação, racionalização, projeção, deslocamento e formação de reação. 

De posse dessas conclusões, observa-se que certo indivíduo no afã de ser amado e aceito por todos, apega-se ao poder como forma de proteção à sua auto-imagem, ou seja, ele necessita estar exercendo o poder ( e pra isso não tem limites) para se sentir amado e protegido. 

Assim, ele desenvolve neuroses e psicoses baseadas na crença de que somente será aceito se estiver no exercício do poder; e poder deriva, na mente deturpada de nosso personagem, de patrimônio; não importando a quem pertença… se for público melhor. Eis aqui o exemplo clássico de que o ter é mais importante que o ser. É a independência completa entre o poder em relação à moral - os fins justificam os meios empregados. 

Daí, nosso sujeito predisposto à corrupção, desenvolve uma série de atitudes que culminam com um comportamento constrangedor, doloroso e desorganizador que deságua na deformação da realidade: o poder acima de qualquer coisa.
Este personagem, normalmente dotado de baixa auto-estima, apresenta frustração que o leva a uma desorganização de comportamento, agindo de acordo com os seus interesses e sem grandes considerações à palavra empenhada ou aos acordos estabelecidos; assim a necessidade e desejo de auto-realização jamais serão supridos totalmente, faltar-lhe-á sempre algo. 

Aliados a esses fatores, os aspectos do capitalismo que inferem que o poder está vinculado ao dinheiro. Têm-se, portanto, a mistura para a realização dessa desastrosa combustão: a personalidade do corrupto. 

O que explica, por exemplo, um magistrado que tem um salário altíssimo receber propina para decidir a favor de fulano ou beltrano? 

- É a crença de que mais dinheiro, mais poder, mais amigos, mais felicidade… É O RELATIVISMO MORAL.

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