Sespa lança campanha para combater a hanseníase
Quinta-Feira, 26/01/2012, 04:06:38 - Atualizado em 26/01/2012, 04:06:38
(Foto: Divulgação)
Para celebrar a data, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lança amanhã, 27, Dia Estadual de Combate à Hanseníase, a Campanha Estadual 2012 de controle da doença no Pará. O evento será às 10h, na Câmara Municipal de Marituba, e dará início a uma campanha educativa com foco na prevenção e no diagnóstico precoce.
“O lançamento é a chamada para que todos os municípios estejam sensibilizados e preparados para receber a demanda. É o momento para informar a população sobre a doença, resgatar os faltosos ao tratamento e o mais importante, alertar sobre a importância do exame dermatoneurológico para aqueles que apresentam sintomas e/ou residem com portadores da Hanseníase”, acrescenta o coordenador estadual de Controle da Hanseníase, Luiz Augusto Oliveira.
Os exames começam a ser realizados a partir da segunda-feira, 30, em todas as unidades de saúde onde o Programa de Hanseníase foi implantado. Contudo, o programa que está presente nos 143 municípios do Pará, tem apenas 57% das unidades de saúde capacitadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera no mundo o número de casos de hanseníase e de acordo com os dados da Sespa, o Pará está entre os cinco Estados com maior incidência da doença no país. Os dados mais recentes são de 2010, com 3.573 casos registrados.
“No Estado, a distribuição da doença é heterogênea, se concentrando no Sudeste e Sul do Pará e em alguns municí-
pios do Oeste e Nordeste. Já na Região Metropolitana de Belém, a maior incidência é em Ananindeua e Marituba. E mesmo com o declínio da doença, o número de casos ainda é alto”, pontua Luiz Augusto.
Ainda de acordo com ele, 90% da população do mundo já nasce com uma autodefesa e, portanto, nunca irá adoecer de hanseníase. De qualquer forma, os sintomas como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que não coçam e não doem, sensíveis ao calor, a dor e ao tato, além de dores nas pernas e caroços pelo corpo, não podem passar despercebidos. O período de incubação é de 3 a 5 anos.
O tratamento é feito através da classificação dos pacientes em dois grupos: paucibacilares (poucos bacilos) e multibacilares (muitos bacilos). Em ambos os casos o tratamento é feito com polioquimioterapia, a diferença é que no primeiro a doença é tratada no período de 6 meses e no segundo ela se estende por 12 meses. Os medicamentos são gratuitos, distribuídos nas unidades de saúde onde o programa é implantado.
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