terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Águia, líder da regularidade

Por Gerson Nogueira
O ritmo frenético do Campeonato Paraense, com tabela que prevê jogos de três em três dias, não permite aos times trabalho de recuperação física e treinos técnicos mais aprofundados. O problema deve ser aflitivo para os técnicos dos oito clubes, quase todos ainda sem um planejamento tático definido e jogando na base da valentona.
A exceção, por ora, é o líder Águia, cuja forma de jogar é a mesma nas últimas quatro temporadas. Não há mistério. A equipe marca forte no seu campo de defesa, com seis ou oito homens, e sai rápido para o ataque, liderada por um armador habilidoso (Flamel) e dois atacantes experientes, Branco e Valdanes. Quando a situação exige, há a opção do veloz Sató para explorar contra-ataques.
Como não troca de comando há bastante tempo, o time marabaense incorporou as preferências de seu técnico. João Galvão, além disso, é também o responsável direto pelas contratações. Óbvio que nem sempre acerta, mas costuma errar menos que os outros na escolha de jogadores. Leva sobre seus colegas de ofício a vantagem de ser ao mesmo tempo treinador, gerente e diretor de futebol.
A partir de um sistema bem definido, o Águia tem até a sua preparação facilitada. Para disputar o Parazão, Galvão só dispôs de 18 dias, mas os jogadores recém-chegados assimilaram com facilidade as funções e posicionamentos. Os resultados apareceram logo.
Perdeu na estréia para o Remo, no Baenão, fazendo um grande segundo tempo. Dois dias depois, derrotou a Tuna em confronto duríssimo no estádio do Souza. Apesar do cansaço, liquidou a fatura a 5 minutos do final, quando empreendeu um verdadeiro sufoco sobre os cruzmaltinos. Mostrou como armas poderosas os laterais Júlio Ferrari e Rayro, os melhores do campeonato.
Na sequência, bateu São Raimundo e Paissandu, em Marabá. Duas atuações corretas, resultados incontestáveis. Por fim, enfrentou o Cametá e arrancou um empate no Parque do Bacurau. O Águia é regular. Não dá show, mas é um time dificílimo de ser vencido. 
Não há mistério, nem fórmula mágica. Sem as pressões que rondam Remo e Paissandu, o clube pode segurar um técnico por várias temporadas seguidas, o que facilita tremendamente as coisas. A liderança do turno é merecida e não será mero acaso se terminar em 1º lugar. Com os dois últimos jogos em casa, tem tudo para garantir essa condição.
 

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