Com a popa mais afundada que a proa, esforços agora estão concentrados em movimentar 25 mil toneladas de minério de ferro nos porões do navio para ampliar a estabilidade
Após duas tentativas frustradas de retirar parte das sete mil toneladas de combustível de seus tanques nas últimas duas semanas, o navio Vale Beijing, que ameaça naufragar na costa maranhense, foi rebocado para o alto mar, a 64 quilômetros do porto de São Luís. Um mês após apresentar rachaduras no casco, o navio encomendado pela mineradora Vale a um estaleiro sul coreano ainda está longe de ter seu destino definido. Até agora não foi encontrada nenhuma solução para reparar as avarias surgidas na viagem inaugural da embarcação, uma das maiores do mundo. Para se manter estável, o Vale Beijing precisa do auxilio diário de três rebocadores.
Por conta das rachaduras no casco, que permitiram a entrada de água nos tanques de lastro, a popa do navio – a parte de trás da embarcação – está mais afundada do que a proa, o que na teoria poderia causar o rompimento do Vale Beijing ao meio. Por conta disso, ontem a companhia holandesa Smit, contratada para salvar o navio, estava programada para iniciar a transferência de cerca de 25 mil toneladas de minério de ferros do porão traseiro para porões mais próximos à proa do navio, afim de reduzir o risco de um acidente e dar mais estabilidade á embarcação.
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