terça-feira, 21 de junho de 2011

reviravolta na morte de casal ambientalistas no pará

O testemunho do colono Manoel Ribeiro de Souza, 27 anos, pode causar uma reviravolta na investigação da morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, assassinados em 24 de maio, no Projeto de Assentamento Praia Alta Piranheira em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. José Cláudio e os irmãos dele, Claudemir e Francisco Ribeiro da Silva, o ‘Marabá’, podem ter matado o colono Edilon Ribeiro de Souza, o Pelado, 23, assassinado a tiros em 18 de setembro de 2009, no lote 17 no assentamento Mamona.

Essa versão foi apresentada ao DIÁRIO este final de semana por Manoel de Souza, irmão de Pelado. Ele contou em riqueza de detalhes que o crime, que envolvia a posse de terra, não foi tratado como homicídio, e que na época não houve apuração do caso, diferente do que há agora com o duplo homicídio.
Segundo Manoel Ribeiro, Pelado disputava o lote 17 do assentamento Mamona com Marabá. Dois dias antes do crime, Marabá teria dito a uma mulher identificada como “Imaculada” que faria uma surpresa a Pelado, que insistia em ficar no lote.
No dia do crime, por volta dO testemunho do colono Manoel Ribeiro de Souza, 27 anos, pode causar uma reviravolta na investigação da morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, assassinados em 24 de maio, no Projeto de Assentamento Praia Alta Piranheira em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. José Cláudio e os irmãos dele, Claudemir e Francisco Ribeiro da Silva, o ‘Marabá’, podem ter matado o colono Edilon Ribeiro de Souza, o Pelado, 23, assassinado a tiros em 18 de setembro de 2009, no lote 17 no assentamento Mamona.

Essa versão foi apresentada ao DIÁRIO este final de semana por Manoel de Souza, irmão de Pelado. Ele contou em riqueza de detalhes que o crime, que envolvia a posse de terra, não foi tratado como homicídio, e que na época não houve apuração do caso, diferente do que há agora com o duplo homicídio.
Segundo Manoel Ribeiro, Pelado disputava o lote 17 do assentamento Mamona com Marabá. Dois dias antes do crime, Marabá teria dito a uma mulher identificada como “Imaculada” que faria uma surpresa a Pelado, que insistia em ficar no lote.
No dia do crime, por volta das 6h30, Manoel diz que seguia em uma trilha com Pelado, a mulher deste, Angélica, e um primo. Alguns metros antes de chegar em casa, Pelado percebeu que ela estava aberta e pediu para que esperassem. Manoel diz ter ficado a cerca de 15 metros da casa quando ouviu de Marabá: “Não falei para você não vir mais aqui, pois já ganhei no Incra a questão da terra” e em seguida um disparo de arma de fogo.
Ele descreveu a seguinte cena: José Cláudio com uma pistola calibre 380, Marabá com uma espingarda calibre 20, e Claudemir com um rifle calibre 44 ou 38. “O Marabá apontou o rifle para mim, o José Cláudio perguntou quem eu era e disse ser filho do Vicente, dono da ilha das Cobras, que é muito conhecido na região, por isso me deixaram ir, não fui até a casa para ver o corpo do meu irmão”, narra.
A família de Pelado nega, no entanto, qualquer envolvimento nas mortes do casal de extrativistas. “É uma grande injustiça o que fizeram com o meu irmão, mas nem por isso desejamos mal aos parentes deles”, diz Manoel Ribeiro.
Por conta desse depoimento, a Polícia investiga se Francisco e Claudemir tiveram participação no homicídio. Os dois irmãos de José Cláudio se abstiveram de prestar depoimento no caso do assassinato dele e da esposa.
SUMIÇO
Suspeito das mortes do casal de extrativistas, José Rodrigues desapareceu daquela área misteriosamente, apesar de ter uma propriedade no local. José Rodrigues teria um negócio mal resolvido com José Cláudio envolvendo vendas de terras, o que teria sido o estopim para o desentendimento. As investigações seguem em segredo de justiça.
AMEAÇADOS SERÃO OUVIDOS
As nove pessoas escoltadas do assentamento de Nova Ipixuna até Marabá, pela Força Nacional, devem ser ouvidas hoje pela Defensoria Pública do Pará. Todas foram ameaçadas de morte. Uma delas é a irmã do extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva.Todas essas pessoas já estão temporariamente protegidas e, só com o término dos testemunhos, que aconteceram ontem, e com os de hoje é que a situação definitiva desses ameaçados será divulgada.

Até as 16 horas de hoje, todas as pessoas já terão sido ouvidas. Os defensores querem saber quais são as ameaças que elas sofrem e também se essas ameaças estão relacionadas a alguma militância em direitos humanos, para a partir daí buscarem uma estratégia de proteção para cada uma delas.

A Coordenação Estadual do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Pará, através do seu coordenador Márcio da Silva Cruz, é quem decidirá sobre a inclusão das pessoas ameaçadas de morte no programa de proteção. Este Núcleo ainda conta com o apoio de órgãos federais, estaduais e entidades da sociedade civil.

Para terem direito a escolta 24 horas por dia, as pessoas ameaçadas devem aderir ao programa espontaneamente. O programa segue regras e não podendo impor a proteção para ninguém. Os interessados são quem devem procurá-las e aceitá-las.

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