sexta-feira, 3 de junho de 2011

CELIO COSTA - Autor do Estudo de viabilidade econômica do Estado de Carajás

Os recursos utilizados tanto na realização do plebiscito sobre a divisão territorial do Pará, quanto na estrutura necessária para criação dos estados de Carajás e Tapajós não são gastos. São investimentos. A afirmação é do economista Célio Costa, que tem mestrado em desenvolvimento sustentável, com especialização em setor público e geopolítica do Brasil. Ele apresentou ontem o resultado de uma pesquisa de um ano e três meses, sobre o estudo de viabilidade econômica do estado de Carajás. Segundo ele, no estudo, foi levantado todo custeio da manutenção da máquina e do funcionalismo, de modo que a receita própria do estado de Carajás ultrapassa um bilhão de reais, com isso pode implantar e estruturar sua máquina no primeiro ano de governo. Ainda de acordo com ele, numa região como o sul e sudeste do Pará, que tem ausência da máquina estatal, há muita evasão de receita por deficiência no sistema, de modo que quando se cria uma máquina, gera-se também um aumento natural de receita. Para implantação da máquina do estado, serão investidos 500 milhões de reais, e mais outros 500 milhões para fazer o custeio dessa máquina, com pagamento de pessoal e gastos previdenciários. Segundo ele, o novo estado terá capacidade de investimento de 1 bilhão (superávit) e capacidade de endividamento de 3 bilhões, o que perfaz 4 bilhões e gera recurso suficiente para investir em ações que estão esquecidas. 
Em relação ao que vai ser gasto com a realização do plebiscito, Célio Costa desmentiu que serão investidos 30 milhões e disse que qualquer montante investido será menor do que os ganhos que a população da região vai ter. Um dos fatos curiosos que estão descritos no livro de Célio Costa, sobre a viabilidade do estado de Carajás, é que em 1908 foi a primeira vez que a região de Marabá tentou se desvincular do Pará. Naquela época, lideranças políticas viajaram para o Goiás, na tentativa de fazer com que marabá fizesse parte daquele estado. Mas a parte contrária não permitiu que isso acontecesse e houve até uma pequena guerra civil. Como se vê, a luta pela emancipação já dura mais de um século e sempre foi motivada pelo descaso do governo do estado em relação ao sul e sudeste do Pará.

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