Na próxima segunda-feira, dia 20, será lançado em marabá o comitê municipal para criação do Estado de Carajás. O lançamento será às 19 horas, na Câmara Municipal de Marabá, com a participação de representantes de todos os segmentos sociais da cidade.
Mas, antes disso, às 9 horas da manhã, haverá uma reunião, também no auditório da Câmara, com prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 38 municípios que vão compor o futuro Estado de Carajás.
E na terça-feira, a reunião na Câmara Municipal será com os profissionais da Imprensa de Marabá, para repassar as informações sobre os rumos da campanha do “SIM”.
Uma das entidades que estão encabeçando a luta pela criação do Estado de Carajás é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cujo presidente, Haroldo Silva Júnior, disse ontem que essa tem de ser uma luta de toda de toda a comunidade.
São muitos os motivos que justificam a criação da nova unidade da federação. Haroldo lembra, por exemplo, que com a divisão territorial, o Pará vai ficar com um território de apenas 30% do que administra hoje. Ao mesmo tempo, terá 52% de todo o ICMS arrecadado na região que hoje compreende Pará, Carajás e Tapajós.
Por que criar o Estado de Carajás?
A criação do Estado de Carajás é um desejo de 1,4 milhão de habitantes. Carajás não trará prejuízo financeiro para a União e nem para o Pará. Até 2012, só o setor mineral irá receber 32,8 bilhões de investimentos. Isso é maior do que 14 estados brasileiros.
O novo Estado terá receita de R$ 1 bilhão de reais por ano (superávit). Esse dinheiro cobrirá as despesas da máquina de governo. Além disso, terá capacidade de endividamento no primeiro ano de R$ 3 milhões. Isso significa crescimento econômico.
Belém tem 1 servidor do Estado para 14 habitantes. Carajás tem hoje 1 funcionário para 790 habitantes. Por isso, faltam: policiamento, professores, servidores da saúde.
A saúde do Pará não atende o interior. Belém tem 4.200 médicos. Ou seja, 80% dessa mão de obra. Já a região de Carajás tem apenas 500 médicos. A população depende de Teresina e Araguaína para ter atendimento de saúde.
No Pará, 40% da água encanada está em Belém. No interior, a água não abastece nem 10% das residências.
Antes de ser emancipado, o Estado do Tocantins tinha 220 km de rodovia pavimentada. Hoje tem mais de 5 mil.
Antes de ser criado, o Tocantins não tinha faculdade. Hoje, tem 11 faculdades de Enfermagem e 5 de Medicina.
Tocantins também não tinha água encanada. Com a emancipação, 96% das casas recebem água potável.
Carajás aumentará a representatividade política do Pará e do Norte em Brasília, onde está o dinheiro do País. Passará de 17 para 27 senadores. A bancada de deputados subirá de 65 para 77. Isso equilibra a disputa regional pelo bolo orçamentário.
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