Segundo a Sky Island Alliance, instituição dedicada à conservação da natureza, as montanhas e desertos que ficam na divisa entre os Estados do Arizona e do Novo México abrigam grande diversidade de animais e vegetação, e a criação do muro teria criado um desequilíbrio ecológico na região.
A criação de barreiras nesta área, segundo a organização, afeta a reprodução das espécies, interfere na população de presas, impede o acesso a fontes d’água e modifica as rotas migratórias naturais da fauna local.
Em seu livro Continental Divide: Wildlife, People and the Border Wall (Divisa Continental: Vida Selvagem, Povo e o Muro da Fronteira, em tradução livre do inglês), Krista Schlyer denuncia os efeitos ambientais e sociais da barreira criada pelos EUA. Em 2006, ambientalistas conseguiram na Justiça a interrupção da construção do muro na Área de Conservação de San Pedro Riparian, no Arizona. No entanto, o governo dos EUA recorreu à lei de segurança nacional para retomar a obra.
Segundo especialistas, os efeitos da construção do muro sobre os animais e as plantas foram intensificados devido ao aquecimento global. O muro que separa os EUA do México se estende por cerca de 3.100 km, passando por áreas urbanas, litorâneas e desertos. Defensores do muro afirmam que ele é necessário para evitar a entrada de imigrantes ilegais.
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