Jatene, enfim, começa a voltar ao normal.
Durante o plebiscito, com medo de passar para a história como o cara que "perdeu" um Estado e principalmente, com medo de perder de vez os votos da Região Metropolitana de Belém, Jatene entrou como que num transe. Quem ousasse afirmar que o Parazão velho de guerra não tivesse recursos para, sei lá, socorrer a Europa em crise, logo era taxado de "esquartejador", "forasteiro", "bandido", "traidor" "quinta-coluna", "sabotador" e tantos outros epítetos tão lisonjeiros que tais. Sobravam riquezas nesta "Sentinela do Norte"!
"Oh, Pará, quanto orgulho em ser filho!", cantavam todos, entupidos de estupefaciente "orgulho de ser paraense".
Era o Pará da propaganda oficial de Jatene, a pregar a riqueza e a "pujança", contra o Pará da vida real campeão de casos de dengue, campeão em mortalidade infantil, campeão em número de favelas, campeão em crimes no campo e em trabalho escravo.
Agora, Jatene desencarnou o personagem de "Guardião Emérito da Maniçoba e Defensor Perpétuo do Tacacá"! Passado o plebiscito não há mais necessidade de tanto ufanismo, não é mesmo?
Então, tome-lhe realidade!
Ao mesmo tempo Jatene começa outro tipo de mistificação. Trata-se de "falar claramente" (ele sempre diz isso antes de tudo escurecer em suas palavras!), que o Parazão não tem o do cafezinho com tapioca e que precisamos "todos" selar um "Pacto pelo Pará".
Vejam lá o que disse o governador-cantor do Pará ao falar sobre a questão do tratamento e distribuição de água através da Cosanpa:
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