Cerca de 15 mil filhotes de tartarugas e tracajás foram devolvidos à natureza neste domingo 18/12, na Praia do Meio, localizada entre os municípios de Marabá e Itupiranga. A ação é parte do projeto que trata da preservação de quelônios, desenvolvido pela ONG Movimento Educacional para Preservação da Amazônia, que desde março deste ano, conta com a parceria do projeto Aços Laminado do Pará (Alpa), um projeto da Vale em implantação em Marabá. A soltura dos quelônios reuniu cerca de 200 pessoas, entre moradores das comunidades ribeirinhas e empregados da mineradora.
Antes de serem devolvidos à natureza, os filhotes passaram aclimação, em período de quarentena para adquirirem condições físicas adequadas às adversidades naturais que irão enfrentar no habitat natural. Ainda em novembro, os animais passaram por uma avaliação clinica realizada por uma equipe técnica de empresa de consultoria ambiental contrata pela Alpa para dar suporte ao projeto de preservação das espécies. No laudo, a equipe constatou que o “estado clínico dos indivíduos estava excelente e com ótimo desenvolvimento de suas carcaças”. Os pequenos quelônios mediam cerca de 4 a 5 centímetros de comprimentos e chegaram às margens do rio com a ajuda dos ribeirinhos que participam do projeto de preservação da espécie. Na fase adulta, daqui a cinco a sete anos, os tracajás medirão aproximadamente 20 centímetros e as tartarugas cerca de 50 cm.
De acordo com o presidente da MEPA, César Peres, o convênio com a Alpa, formalizado em março deste ano, possibilitou o aumento das atividades ambientais da ONG. “Graças a este apoio, conseguimos aumentar nossa atividade de educação ambiental, ampliando a mais pessoas e principalmente, duplicar a coleta de ovos e consequentemente o número de animais devolvidos à natureza. Na ocasião, o gerente de Meio Ambiente da Alpa, Leonardo Neves, anunciou a renovação do convênio com a ONG, garantindo a continuidade do projeto, que inclui fomento, preservação e conservação de quelônios com técnicas de manejo sustentável de monitoramento de desova e nascimento, além de programa de sensibilização das comunidades ribeirinhas.
O horário da soltura, ocorrido às 16 horas, foi considerado o mais adequado à adaptabilidade dos animais, favorecendo também uma maior sobrevivência dos filhotes. A atividade também marcou o encerramento da programação da ONG, iniciada pela manhã com discussões sobre manejo sustentável e palestras sobre apicultura, piscicultura e hortaliças feitas por biólogos e agrônomos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Universidade Federal do Pará.
Fonte/Fotos: Carmem Oliveira – Ascom Vale
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