Região de Carajás convive com desmatamento e disputas por terra
A equipe do JN no Ar voou para Marabá, no sudeste do Pará, a pouco mais de dez dias do plebiscito que poderá decidir pela divisão do estado em três. A região é uma terra cheia de contrastes. É uma área muito rica em minérios. Boa parte da economia local gira em torno da extração do minério de ferro, que o Brasil exporta para vários países. Apesar disso, essa riqueza não se traduziu em benefícios para a maioria da população, que ainda não teve suas necessidades básicas, elementares, atendidas pelo poder público.
Os moradores querem soluções. Os grupos contra e a favor da divisão do estado apontam caminhos diferentes.
“A gente defende a manutenção do estado não na perspectiva de que tudo isso está bom. A gente acredita que os problemas não estão relacionados ao tamanho do estado, mas ao modelo de governança, à forma de gestão como está aí”, diz Ribamar Júnior, do movimento contrário à divisão.
“O grande debate é da eficácia e do alcance das políticas públicas. Nós temos um território extremamente vasto e grande. E a descentralização administrativa é um fator benéfico, é um fator de otimização dos investimentos que a comunidade precisa na sua infraestrutura”, afirma Ítalo Pojucam, do movimento favorável à divisão.
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