A Polícia Federal prendeu na noite desta quarta-feira (9) cinco policiais que faziam a escolta de cinco traficantes que tentavam fugir da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Foram presos três policiais civis --dois da Delegacia de Roubos e Furtos e um da Secretaria de Saúde Pública--, um policial militar reformado e um ex-policial militar.
As prisões foram feitas durante uma ação com 40 policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF. Os presos estavam em quatro carros e foram abordados quando saíam da Rocinha, próximo a um shopping na Gávea. Eles estavam armados, mas não houve troca de tiros.
A polícia está monitorando a Rocinha para implantar, no próximo fim de semana, uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região. As prisões de hoje aconteceram após trabalho de inteligência da PF, que desde a semana passada monitora a quadrilha que atua na favela.
Esta semana estão acontecendo operações policiais na comunidade para evitar fugas. A informação de que policiais poderiam dar proteção ao chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, levou mais cedo agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil à favela. Nem não está entre os presos e há informações de que ele continua dentro da Rocinha.
Os traficantes detidos são Sandro Luis de Paula Amorim, o "Peixe", chefe do tráfico no morro da Coroa --comandado pela ADA (Amigos dos Amigos), a mesma facção de Nem--; Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho", chefe do tráfico no morro São Carlos; Varquia Garcia, o "Carré", que coordenava o tráfico na Rocinha; Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como “Paulinho”; e Sandro Oliveiro.
Os policiais presos são: Carlos Daniel Ferreira Dias, policial civil da Secretaria de Saúde Pública; Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves, policiais civis lotados na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; José Faustino Silva, policial militar reformado; e Flávio Melo dos Santos, ex-policial militar.
A polícia apreendeu ainda malotes de dinheiro --com reais e euros--, joias, cinco granadas, 11 pistolas, três fuzis, além de carregadores, munição, rádios e laptops.
"Estamos atrás de outros elementos. Muitas prisões ainda irão acontecer", disse o delegado responsável pelo caso, Vitor Pobel, em entrevista coletiva.
A polícia investiga ainda se estaria em ação um toque de recolher decretado desde a semana passada por Nem no comércio e em residências, além da limitação da circulação de motociclistas.
Na terça-feira, o Serviço de Inteligência da Polícia Civil recebeu informações de que PMs ajudaram os traficantes a retirar armas e drogas da favela. A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que não comentará o assunto para não prejudicar o trabalho da polícia.
Hoje, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou a permissão para a participação da Marinha na operação. Segundo a Marinha, serão usados os carros blindados Lagarta Anfíbio, que serão operados por fuzileiros navais. O governador Sérgio Cabral havia pedido a autorização há cerca de dez dias.
*Reportagem de Rodrigo Teixeira (Com informações da Agência Estado)
As prisões foram feitas durante uma ação com 40 policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF. Os presos estavam em quatro carros e foram abordados quando saíam da Rocinha, próximo a um shopping na Gávea. Eles estavam armados, mas não houve troca de tiros.
A polícia está monitorando a Rocinha para implantar, no próximo fim de semana, uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região. As prisões de hoje aconteceram após trabalho de inteligência da PF, que desde a semana passada monitora a quadrilha que atua na favela.
Esta semana estão acontecendo operações policiais na comunidade para evitar fugas. A informação de que policiais poderiam dar proteção ao chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, levou mais cedo agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil à favela. Nem não está entre os presos e há informações de que ele continua dentro da Rocinha.
Os traficantes detidos são Sandro Luis de Paula Amorim, o "Peixe", chefe do tráfico no morro da Coroa --comandado pela ADA (Amigos dos Amigos), a mesma facção de Nem--; Anderson Rosa Mendonça, o "Coelho", chefe do tráfico no morro São Carlos; Varquia Garcia, o "Carré", que coordenava o tráfico na Rocinha; Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como “Paulinho”; e Sandro Oliveiro.
Os policiais presos são: Carlos Daniel Ferreira Dias, policial civil da Secretaria de Saúde Pública; Carlos Renato Rodrigues Tenório e Wagner de Souza Neves, policiais civis lotados na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas; José Faustino Silva, policial militar reformado; e Flávio Melo dos Santos, ex-policial militar.
A polícia apreendeu ainda malotes de dinheiro --com reais e euros--, joias, cinco granadas, 11 pistolas, três fuzis, além de carregadores, munição, rádios e laptops.
"Estamos atrás de outros elementos. Muitas prisões ainda irão acontecer", disse o delegado responsável pelo caso, Vitor Pobel, em entrevista coletiva.
A polícia investiga ainda se estaria em ação um toque de recolher decretado desde a semana passada por Nem no comércio e em residências, além da limitação da circulação de motociclistas.
Na terça-feira, o Serviço de Inteligência da Polícia Civil recebeu informações de que PMs ajudaram os traficantes a retirar armas e drogas da favela. A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que não comentará o assunto para não prejudicar o trabalho da polícia.
Hoje, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou a permissão para a participação da Marinha na operação. Segundo a Marinha, serão usados os carros blindados Lagarta Anfíbio, que serão operados por fuzileiros navais. O governador Sérgio Cabral havia pedido a autorização há cerca de dez dias.
*Reportagem de Rodrigo Teixeira (Com informações da Agência Estado)
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