O fazendeiro Regivaldo Galvão, conhecido como “Taradão”, condenado pela morte da missionária Dorothy Stang, foi conduzido por volta das 18h desta terça-feira (6) ao Centro de Recuperação de Altamira após receber mandado de prisão na sua casa no município. Regivaldo chegou a se apresentar por volta das 14h à polícia e já estava à disposição da Justiça.
O advogado Jânio Siqueira afirma que irá entrar com um recurso após a publicação da decisão. "Iremos entrar com um embargo de declaração no Tribunal de Justiça do Pará para questionar algumas contradições que ficaram bastante salientes nesse decisão. Depois encaminharemos à Brasília, perante o Superior Tribunal de Justiça", revelou o advogado. A declaração deverá ser publicada em até 10 dias.
Ainda de acordo com ele, ainda existem outros recursos. "Vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal", contou.
O CASO
“Taradão” é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em 2005. Condenado a 30 anos de prisão, Galvão tentava anular a sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, proferida em abril de 2010.
Os demais condenados estão presos. São eles: Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão; Rayfran das Neves, o Fogoió, condenado a 27 anos; Clodoaldo Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos; e Amair Feijoli, o Tato, sentenciado a 27 anos.
Defensora dos direitos de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA), área de intenso conflito fundiário, Dorothy Stang foi morta com seis tiros em fevereiro de 2005, na cidade de Anapu (PA). (DOL)
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