Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde (MS) durante os últimos cinco anos apresentou queda de 22,4% no número de partos realizados em adolescentes entre 10 e 19 anos no País. O MS atribui a diminuição às campanhas destinadas aos adolescentes e à ampliação do acesso ao planejamento familiar.
Nos últimos dois anos, 871 milhões de camisinhas foram distribuídos para a população. Segundo o Ministério, só no ano passado foram investidos no Brasil mais de R$ 3 milhões em ações de educação sexual e reforço na oferta de preservativos aos jovens.
Nos postos de saúde, a educação sexual é administrada por um profissional de saúde, que auxilia adolescentes na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), gravidez indesejada e até mesmo na escolha mais adequada do método contraceptivo ao estilo de vida dos parceiros.
De acordo com a coordenadora de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, a prioridade agora é para que o rapaz seja envolvido em outras ações, inclusive nas situações de gravidez da parceira ou da namorada. “Estimulamos que ele acompanhe o pré-natal e o parto, participando do dia a dia da companheira e cuidando da própria saúde”, informou a coordenadora ao site do Ministério.
Ações de educação sexual do Instituto de Saúde
Uma pesquisa realizada em janeiro de 2010 pelo DATASUS, apontou que, nos últimos dez anos, a região Sudeste ficou 1,7% abaixo da média de 22,4% na diminuição de partos realizados em adolescentes ente 10 e 19 anos no Brasil. No entanto, no estado de São Paulo, a queda foi de 30,04% do total de partos realizados nessa faixa etária, o que denota que o efeito das campanhas tem sido mais eficaz no estado.
Como parte desse esforço, o Instituto de Saúde (IS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), publicou e distribuiu em 2008 a cartilha intitulada “Sexualidade, Prática Sexual na Adolescência, Prevenção de DST/Aids e Gravidez Não-Planejada”, resultado do estudo realizado pela pesquisadora científica do IS, Regina Figueiredo, com subsídios às discussões sobre práticas sexuais e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST/Aids) na população em idade escolar.
A cartilha está disponível para download em formato PDF no site do Instituto de Saúde.
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